O PAPEL DO ANTIRRESPINGO SOBRE A QUALIDADE DA SOLDA – PARTE II: SOLDAGEM MIG DE AÇO INOXIDÁVEL
Resumo
Os aços inoxidáveis são amplamente utilizados em aplicações onde a resistência à corrosão constitui um
requisito de projeto. Para a produção de estruturas soldadas a partir de aços inoxidáveis, costumam empregar os aços
inoxidáveis da classe dos austeníticos, que apresentam uma melhor soldabilidade quando comparada aos demais.
Dentre os diversos aços que integram essa família, o AISI 304 é um dos mais utilizados devido ao seu menor custo
quando comparado aos demais. Em função dos parâmetros de soldagem aplicados, dadas às características da junta,
eventualmente formam-se respingos durante a operação. Tais respingos geram prejuízo ao acabamento da junto,
exigindo que os mesmos sejam removidos. Como uma operação comum de retirada dos respingos, tem-se os processos
de remoção mecânica por escovamento e/ou esmerilhamente. Porém, tais operações alteram o acabamento original das
peças de aço inoxidável. Como usualmente os componentes fabricados a partir de aços inoxidáveis são usados sem
pintura superficial, devido ao seu aspecto atrativo, tais operações não são recomendadas. Como uma alternativa, tem se o emprego de agentes ‘antirrespingos’, os quais inibem a retenção dos respingos e/ou reduzem a sua adesão a
superfície. Neste contexto, este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito do emprego de dezesseis marcas diferentes
de agentes ‘antirrespingos’ sobre as características de soldas produzidas pelo processo MIG sobre chapas de aço
inoxidável AISI 304. A caracterização do material soldado se deu por análise macro e microestrutural e por medidas de
microdureza. Os resultados obtidos evidenciam que os agentes ‘antirespingos’ avaliados não exercem qualquer efeito
sobre as características dimensionais, macro e microestruturais e microdureza dos cordões de solda.