Perfil das fraturas supracondilianas do úmero em crianças e avaliação da correção da fratura
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Data
2023-04-13Primeiro membro da banca
Haeffner, Leris Salete Bonfanti
Segundo membro da banca
Beck, Maristela de Oliveira
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Mostrar registro completoResumo
As fraturas supracondilianas do úmero acontecem na região distal do úmero, e podem
corresponder a 55% a 80% de todas as fraturas de cotovelo ocorridas em crianças. A maioria
ocorre em pacientes do sexo masculino e o mecanismo de trauma mais associado é em
hiperextensão. O tratamento destas fraturas ainda nos dias de hoje é guiado pela classificação
de Gartland, que foi descrita em 1959. Entre os tratamentos que podem ser empregados estão
o não cirúrgico, a redução incruenta e fixação com fios de Kirschner (sendo que existem
diversas técnicas para esta fixação descritas) e a redução cirúrgica onde a abordagem
posterior e a anterior são as mais descritas. Não é comum observar lesão neurológica nem
arterial associado a estas fraturas, mas a limitação de movimento com perda de função e
deformidades em varo ou valgo podem ser observadas com mais frequência. A avaliação
radiológica do ângulo de carregamento ou de valgismo ou ângulo de carga de Baumann assim
como a avaliação do ângulo capítulo umeral lateral são formas de avaliar as complicações. Da
mesma forma a presença de perda funcional. A avaliação de pacientes através dos critérios de
Innoccenti, uma junção da mensuração do ângulo de carga de Baumann, mensuração de perda
de função e contatação da presença de dor e/ou lesão neurológica é uma forma importante de
avaliação clínico funcional dos pacientes e de classificar o final do tratamento em quatro
possíveis condições: excelente, bom, regular e ruim. Este trabalho tem como objetivo
descrever o perfil populacional dos pacientes pediátricos (aqueles com idade até 14 anos e 6
meses) diagnosticados com fratura supracondiliana do úmero tratados no Serviço de
Ortopedia e Traumatologia do Hospital Universitário de Santa Maria. Consistiu em um estudo
transversal realizado entre de Setembro 2016 a Dezembro de 2020. A amostra foi de
conveniência formada por 127 pacientes. A média de idade da população estudada foi de 6,22
anos com desvio padrão de 2,87. O sexo masculino foi mais prevalente e de maior idade que o
feminino (p=0.019) e os grupos eram homogêneos (p=0.459). As fraturas Gartland III
corresponderam a 58,3% (74) dos casos seguida por Gartland II 37% (47) e 4,7% (6) Gartland
I. Lesões nervosas e arteriais foram observadas em 6,3% (8) dos casos. O tratamento
realizado através de redução incruenta e fixação com fios foi realizada em 74% (94) dos casos
e em 21,3% (27) a cirurgia foi o tratamento de escolha. A mediana observada para o ângulo
de carga de Baumann foi de 74,1º e do ângulo capítulo umeral lateral de 31º. Considerando os
critérios de Innoccenti 82,68% dos pacientes tratados apresentaram bons resultados.
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