Diagnóstico dos impactos da inserção de geração distribuída fotovoltaica na qualidade de energia elétrica em sistemas de distribuição
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Data
2023-06-28Primeiro membro da banca
Santos, Laura Lisiane Callai dos
Segundo membro da banca
Garcia, Enoque Dutra
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Com o aumento da penetração de instalações de geração distribuída nos sistemas de
distribuição de energia do Brasil, em especial os sistemas fotovoltaicos, muito se tem
estudado sobre os impactos da qualidade de energia causados aos sistemas. O
sistema, com grandes geradores deslocados dos centros de cargas, vem sendo
modificado pela presença de pequenos geradores, instalados mais próximo às cargas
e espalhados ao longo de todo o sistema de distribuição. Com isso, a mudança nas
filosofias de geração dos sistemas elétricos brasileiros vem trazendo grandes desafios
para o setor, em especial aos sistemas de distribuição, que são, em primeira instância,
os que devem absorver esses impactos. Esse modelo de geração próximo às cargas
está causando grandes problemas de sobretensão nos pontos de acoplamento,
devido ao fluxo reverso de potência ativa. Problemas como o aumento das perdas
técnicas também são relatados na literatura. Assim, nessa dissertação, busca-se
analisar os impactos causados para os sistemas sob o ponto de vista da qualidade de
energia. Para isso está sendo estudado um alimentador de distribuição real. Foram
realizadas medições de qualidade de energia em um sistema de baixa tensão. Para
as simulações foram avaliados os impactos através do software OpenDSS no modo
Quasi-static time series para vinte e quatro horas em um alimentador real de média e
baixa tensão. Através das simulações e das medições realizadas, foi possível
constatar impactos de sobretensão na média tensão, mas, em especial, na baixa
tensão. Constatou-se também a ocorrência de violações nos indicadores de
transgressão de tensão estabelecidos nos Procedimentos de Distribuição (PRODIST).
Em relação aos níveis de harmônicos, não foram identificadas violações nos sistemas.
Outros problemas encontrados foram relacionados ao fator de potência na subestação
que, em função do alto fluxo de potência ativa inserida no sistema, traz consequências
aos níveis de potência adequados. Em relação à capacidade dos alimentadores, identificou-se que, em função da “curva do pato”, a necessidade de retomada na
absorção de potência pelo sistema entre as 15h e 20h torna-se abrupta, saindo em
muitos casos de um fluxo reverso para um suprimento elevado nesse horário.
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