Oxigenioterapia hiperbárica em cães e gatos: respostas comportamentais, temperatura retal e parâmetros hematológicos
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Data
2024-03-26Primeiro coorientador
Müller, Daniel Curvello de Mendonça
Primeiro membro da banca
Beck, Carlos Afonso de Castro
Segundo membro da banca
Andrade, Cinthia Melazzo de
Terceiro membro da banca
Dalmolin, Fabíola
Quarto membro da banca
Silva, Marco Augusto Machado
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A oxigenoterapia hiperbárica (hyperbaric oxygen therapy-HBOT) ganha destaque como
terapia adjuvante no processo de cicatrização de feridas complicadas, com potencial utilização
na preservação e/ou preparo do leito cirúrgico no pré-operatório. Evidências experimentais também sugerem os benefícios da HBOT quando usada como estímulo de précondicionamento
no cenário de lesão de isquemia/reperfusão. Contudo, ainda são necessários mais estudos sobre seus efeitos em pacientes saudáveis. O objetivo do Estudo 1 dessa Tese foi avaliar a influência do comportamento dos pacientes sobre a variação da temperatura retal em
cães e gatos submetidos a HBOT. Já o objetivo do Estudo 2 dessa Tese foi avaliar os efeitos de uma sessão de HBOT sobre os parâmetros hematológicos e hemostáticos de cadelas hígidas a serem submetidas a ovariohisterectomia (OVH) videoassistida. No Artigo 1
(referente ao Estudo 1) foram revisados dados clínicos de 217 sessões de HBOT com 2 a 2,5 atmosferas absolutas (ATA), sob protocolos de terapia de 30 ou 45 minutos, envolvendo 29
pacientes caninos e 13 felinos. Foram analisados os dados de comportamento clínico, temperatura retal inicial, temperatura retal final e a variação da temperatura retal de cada paciente, bem como os parâmetros de temperatura, concentração de oxigênio e umidade internas da câmara e taxa de fluxo durante cada sessão. Concluiu-se que, em cães e gatos submetidos a HBOT é esperada redução da temperatura retal, sem a influência do comportamento clínico durante a sessão. Além disso, o autotraumatismo durante HBOT em pacientes felinos pode ocorrer como um evento adverso maior. No Artigo 2 (referente ao
Estudo 2), 30 cadelas adultas saudáveis foram randomicamente separadas em três grupos de
10 animais cada, sendo eles: GHC (submetido a HBOT com 2 ATA por 45 minutos, seguido
de OVH videoassistida); GH (submetido a HBOT com 2 ATA por 45 minutos); e GC (submetido a OVH videoassistida). As avaliações incluíram eritrograma, contagem plaquetária, leucograma, bioquímica sérica renal e hepática, tempo de protrombina (TP), tempo de tromboplastina parcial ativada (TPPa), tempo de sangramento de mucosa oral (TSMO) e a área da mancha de sangue em papel higroscópico. Após o evento videocirúrgico, os grupos GHC e GC apresentaram neutrofilia (p≤ 0,0039); o grupo GC apresentou aumento
da contagem de leucócitos totais (p= 0,0238) e o grupo GHC apresentou redução da contagem de linfócitos (p= 0,0115). No grupo GHC houve redução do TP e do TTPa após a HBOT (p≤
0,0412). Após a HBOT, não houve diferença significativa entre os grupos para o TP (p≥
0,4359), bem como entre os grupos GHC e GC para o TSMO (p= 0,6769) e para a área da mancha de sangue em papel higroscópico (p= 0,1697). Concluiu-se que uma sessão de HBOT, não foi capaz de induzir efeitos significativos no TSMO e no volume de sangue drenado durante tal teste em cadelas hígidas. Contudo, é esperada redução do TP e do TTPa para esses pacientes, imediatamente após a sessão de HBOT, bem como na contagem de linfócitos, quando seguida de OVH videoassistida.
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