Metabolismo visceral em ovinos: custo energético associado ao nível de consumo e ao metabolismo hepático de compostos nitrogenados
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Data
2013-08-26Segundo membro da banca
Repetto, José Luís
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Mostrar registro completoResumo
Foi avaliado o efeito do nível de consumo de forragem sobre o fluxo de sangue e utilização de O2 (Experimento 1), e da infusão mesentérica de bicarbonato de amônio (NH4HCO3), L-alanina ou L-arginina (Experimento 2) sobre a utilização de O2 e fluxo de metabólitos pelo sistema visceral (tecidos drenados pela veia porta (TDVP) e o fígado) em ovinos implantados cirurgicamente com catéteres permanentes nas veias mesentérica, porta e hepática. Em ambos experimentos o fluxo de sangue foi estimado pela técnica de diluição de p-aminohipurato. No experimento 1, três ovinos machos da raça Polwarth (42±4.4 kg de peso corporal (PC), alojados em gaiolas de metabolismo e alimentados com feno de Tifton (Cynodon sp.) foram utilizados em um delineamento Quadrado Latino 3 x 3. O feno foi oferecido nas quantidades de 7, 14 ou 21 g matéria seca (MS)/dia/kg de PC em quatro porções diárias iguais, a cada 6 h. O fluxo de sangue nos TDVP aumentou linearmente (P<0,05), mas o fluxo de sangue hepático-arterial e visceral total não foram afetados pelo aumento no consumo de forragem. O gasto de O2 pelos TDVP foi positivamente (P<0,05) relacionado com o consumo de matéria orgânica (MO). O gasto de O2 relacionou-se linearmente com o fluxo de sangue (P<0,05) nos TDVP, fígado e sistema visceral. A proporção de energia metabolizável (EM) consumida gasta como calor pelos TDVP e fígado diminuiu com o aumento no consumo de EM de forma curvilinear, sendo que a diferença entre a produção de calor visceral e dos TDVP reduziu com o aumento no consumo de EM. No experimento 2, quatro ovinos Corriedale (40 ± 3.8 kg PC), implantados com catéteres permanentes nas veias mesentérica, porta e hepática, alimentados com 14 g MS de feno de aveia (Avena sativa) e azevém (Lolium multiflorum Lam)/dia/kg de PC, foram utilizados em um delineamento Quadrado Latino 4 x 4. Os tratamentos consistiram da infusão na veia mesentérica de 500 μL/min de solução salina (controle) ou de uma solução contendo NH4HCO3, L-alanina ou L-arginina. Os fluxos portal e visceral total líquido de glicose e N-uréia não foram afetados significativamente pelos tratamentos. O fluxo de O2 pelos TDVP não diferiu entre tratamentos. Contudo, houve maior (P<0,05) gasto de O2 pelo fígado no tratamento controle. A hipótese de que a ureagênese e/ou a neoglicogênese impactam o gasto de energia pelo fígado não foi comprovada no presente estudo. Aspectos metodológicos são considerados na discussão destes resultados.