Efeito do acabamento de superfície na estabilidade de cor de resinas para provisório submetidas a desafio corante
Resumo
O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito do acabamento de superfície na estabilidade de cor das resinas utilizadas para confecção de restaurações provisórias submetidas a desafio corante em períodos distintos (7, 30 e 60 dias). Foram confeccionados 36 corpos de prova (cps) em forma de disco para cada tipo de resina: Duralay (polimetilmetacrilato), Trim II (polietilmetacrilato) e Protemp 4 (bis-acril). Os cps foram confeccionados em mufla através de uma matriz com dimensões de 10x3 mm. As resinas foram inseridas na mufla, prensadas com 1500 kgf e os cps removidos após 15 min. Os cps foram aleatoriamente divididos em 2 grupos, sendo que um recebeu acabamento de superfície com lixa d água granulação 150 (grupo rugoso) e o outro acabamento com sequência de lixas de 150 a 1200 (grupo polido). Esses grupos foram subdivididos em dois tipos de imersão: vinho tinto e saliva (controle). Os cps do grupo vinho receberam imersões diárias de 10 minutos e no restante do tempo eram mantidos em saliva. Os cps do grupo controle permaneceram em saliva, que era renovada a cada 3 dias. A alteração de cor (ΔE*) foi medida pelo espectrofotômetro SP60 utilizando o sistema CIE L*a*b*. Os dados foram analisados estatisticamente através de Análise de Variância com fator vinculado e Teste de Tukey (5%). O efeito da superfície, material e tempo foi estatisticamente significante em vinho (p<0,05). A resina à base de metilmetacrilato mostrou superioridade nos dois meios de imersão, em todos os tempos e nas superfícies polida e rugosa.