Estudo da atividade antioxidante in vitro e caracterização cromatográfica em extratos de plantas medicinais da Amazônia
Resumo
A maioria dos radicais livres gerados no organismo é derivada do oxigênio e estão
associados ao desenvolvimento de diversas doenças. As plantas medicinais são um recurso
terapêutico natural na prevenção de patologias e têm sido utilizadas a milênios pela humanidade nos
primeiros cuidados com a saúde. Muitas dessas propriedades das plantas estão relacionadas com a
presença de compostos fenólicos os quais possuem diversas propriedades farmacológicas e
antioxidantes. A cromatografia líquida de alta eficiência tem sido utilizada na identificação e
quantificação desses compostos em plantas. Dessa forma, o presente trabalho desenvolveu e validou
um método de HPLC PAD utilizando eletrodo de ouro como eletrodo de trabalho para a
caracterização de 12 compostos fenólicos em extratos de plantas medicinais da Amazônia. Os
extratos das espécies Connarus perrotettii var angustifolius, Mansoa alliacea, Cecropia palmata,
Cecropia obtusa, Bauhinia variegata e Bauhinia alboflava demonstraram a presença de pelo menos
um dos compostos antioxidantes em estudo. Além disso, as espécies apresentaram atividade
antioxidante in vitro frente à espécies reativas de oxigênio. A fração acetato da espécie M. alliacea
demonstrou a maior atividade antioxidante in vitro (70,85 ± 4,06 %) frente ao radical superóxido.
Frente ao radical peroxil, a espécie C. palmata foi responsável pela maior atividade antioxidante
(95,33 ± 0,95 %) e frente ao radical hidroxil a espécie C. obtusa demonstrou a maior atividade
sequestradora (98,19 ± 5,93). O estudo da atividade antioxidante in vitro dessas espécies aliada a
caracterização química dos seus extratos compreende uma importante chave para possíveis estudos
in vivo. Ademais, os compostos identificados e quantificados nos extratos dessas espécies
apresentam propriedades farmacológicas comprovadas e podem estar associados ao uso popular
dessas plantas medicinais.