Exigências de manutenção e eficiência de deposição de lisina e treonina para suínos
Resumo
Dois experimentos foram realizados com o objetivo de determinar a exigência de manutenção e eficiência marginal de utilização para deposição de proteína dos aminoácidos lisina e treonina, através da técnica de balanço de nitrogênio. Foram utilizados 12 suínos castrados, em cada um dos experimentos, com peso vivo médio de 52 ± 2 kg (experimento lisina) e 72 ± 2 kg (experimento treonina). Os animais foram alojados em gaiolas metabólicas, mantidos em sala climatizada com temperatura de 22 ± 3°C. O delineamento experimental foi um changeover constituído de quatro dietas elaboradas para atender 30, 50, 60 e 70% das exigências nutricionais de lisina digestível estandardizada e 30, 45, 60 e 70% das exigências nutricionais de treonina digestível estandardizada. A quantidade ração fornecida foi calculada para suprir 2,6 vezes à energia metabolizável de manutenção. Os demais aminoácidos foram adicionados às dietas para atingir a proporção de, no mínimo, 15% de suas exigências expressas em relação ao aminoácido teste. Os animais foram alimentados quatro vezes ao dia, com um ajuste diário no consumo de ração de acordo com uma taxa de ganho médio diária de 0,8 kg de peso vivo. Os experimentos foram divididos em dois períodos experimentais consecutivos (sete dias de adaptação e cinco dias de coleta). No experimento de lisina não houve diferença significativa da matéria seca ingerida (MSI) e energia metabolizável ingerida (EMI) entre os diferentes níveis de lisina na ração. Já no experimento de treonina observou-se diferença significativa da MSI e EMI entre os tratamentos. No experimento de lisina o nitrogênio excretado representou, em média, 46% do nitrogênio ingerido, sendo que 35% desse nitrogênio excretado foi eliminado pelas fezes e o restante (65%) na urina. No experimento de treonina o nitrogênio excretado representou, em média, 43% do nitrogênio ingerido, sendo que 35 e 65% desse nitrogênio excretado foi eliminado pelas fezes e urina, respectivamente. As perdas totais de lisina e treonina foram de 36,4 e 46,3 mg kg-1 PV0,75, respectivamente, resultando na exigência diária para manutenção de 40,4 mg kg-1 PV0,75 de lisina e 62,2 mg kg-1 PV0,75 de treonina. Em nossos experimentos a eficiência marginal de utilização de lisina e treonina foram de 90 e 74%, respectivamente, ou seja, 10% da lisina e 26% da treonina estandardizada ingerida não foram recuperadas nas proteínas corporais.