Óleos essenciais de plantas como alternativa aos fármacos convencionais na produção de peixes
Resumo
Os óleos essenciais (OE) obtidos de plantas são uma grande fonte de novas moléculas e vêm
sendo estudados como alternativas aos fármacos convencionais no controle de enfermidades,
como moduladores da resposta imune e como novos agentes promotores de crescimento em
peixes. O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial de aplicação de diferentes OEs,
provenientes das plantas Ocimum americanum (OA), Ocimum gratissimum (OG),
Hesperozygis ringens (HR), Cymbopogon flexuosus (CF) e Melaleuca alternifolia (MA) no
controle de doenças e como imunomoduladores e promotores de crescimento em peixes das
espécies Rhamdia quelen e Sciaenops ocellatus. Os OEs de OA, OG e HR apresentaram
atividade fraca a moderada in vitro contra a bactéria A. hydrophila, no entanto, inibiram
significativamente a atividade hemolítica provocada pela bactéria em eritrócitos de peixes. O
OE de OA também apresentou atividade antiparasitária in vitro e in vivo contra o parasito
monogenético Gyrodactylus sp. In vitro, os OEs de OA, CF e MA estimularam a produção de
ânion superóxido (O2
-) em leucócitos de S. ocellatus (macrófagos renais e/ou leucócitos do
sangue). O uso in vivo dos OEs de OA e HR promoveu a sobrevivência de R. quelen
infectados por A. hydrophila, bem como, apresentou potencial modulador da resposta imune
inata em ambas as espécies de peixes estudadas: após exposição por meio de banhos (R.
quelen) ou adicionado à dieta (OA em S. ocellatus). Fitoterápicos tais como os OEs se
mostram como alternativas seguras na produção de peixes por serem produtos naturais e
biodegradáveis contribuindo na redução da utilização de fármacos convencionais e pesticidas.
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