Análise espacial da vegetação arbórea em parcela de estepe estacional savanicola, no Parque Estadual do Espinilho, RS
Resumo
No Setor Florestal a abordagem de Floresta de Precisão (FP) busca espaço no mercado para auxiliar na gestão florestal, ao otimizar os recursos disponíveis e localizar espacialmente os tratos silviculturais, manejo e colheita, visando aumentar a produção numa mesma área e diminuir os custos da mesma, baseando suas decisões na análise espacial da produção e dos fatores que a influenciam. Estas análises espaciais também podem ser utilizadas para melhor entendermos outros tipos de vegetação, a exemplo do Espinilho, com uso da abordagem de FP para seu estudo. Este trabalho visa aliar o uso das geotecnologias, com o Sistema de Informações Geográficas (SIG) e análises espaciais, ao inventário florestal para descrever a variabilidade espacial e associações do componente arbóreo no Parque Estadual do Espinilho (PESP), abordagem ainda não utilizada para este tipo de vegetação. O objetivo foi criar um banco de dados espacial e analisá-lo com a geoestatística, funções de densidade de kernel e processo pontual marcado para verificar o comportamento espacial de espécies arbóreas nativas encontradas em uma unidade amostral no PESP, localizado em Barra do Quaraí, Rio Grande do Sul, Brasil. Os dados de inventário foram obtidos de um trabalho de pós-doutorado realizado por Watzlawick et al. (2014), dispostos em fichas de campo impressas. Foram realizadas as análises propostas com os softwares GstarCAD, ArcGis, GS+, RStudio, respectivamente para desenho da unidade e subunidades, geração de shapefiles e mapas de densidade, ajuste de semivariogramas e interpolação por krigagem ordinária pontual e processo pontual marcado com a função K de Ripley. Foram encontrados 578 árvores distribuídas em três espécies, Acacia caven (Molina) Molina, Prosopis affinis Spreng., Prosopis nigra (Griseb.) Hieron e indivíduos mortos. Foram ajustados semivariogramas e gerados interpolações para número total de árvores, espécies e P. affinis, contadas nas subunidades. Para estas mesmas variáveis e para A. caven e árvores mortas, a partir de suas próprias coordenadas, foram gerados mapas da função Kernel. O processo pontual marcado mostrou que A. caven, P. nigra e árvores mortas apresentaram completa independência espacial sem nenhum tipo de estruturação. Já P. affinis, com maior número de indivíduos (552 – 95,50%), apresentou comportamento agrupado entre seus indivíduos. Já no processo pontual marcado categórico com duas marcas, utilizado para verificar se há interação entre espécies, não foi encontrada nenhum tipo de dependência espacial. No entanto, P. affinis tende a repelir A. caven e a associar-se com indivíduos mortos.
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