Práticas pedagógicas nas aulas de línguas nos anos finais do ensino fundamental: um estudo de caso em uma turma do 6º ano
Resumo
Esta dissertação tem como objetivo analisar práticas pedagógicas para o ensino das línguas portuguesa e inglesa, as quais foram alunos público-alvo da Educação Especial no Ensino Fundamental – Anos Finais. A pesquisa foi realizada em uma escola da rede estadual do município de Santa Maria/RS – que apresenta a maior incidência de alunos público-alvo da Educação Especial nos anos finais do Ensino Fundamental. A escolha desta escola deu-se através da análise dos dados dos bancos do Data Escola Brasil e dos Microdados do Censo Escolar da Educação Básica, com ano base de 2014, fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. O encaminhamento metodológico desta investigação – de cunho qualitativo foi amparado por Flick (2009), Minayo (2000) e Bell (2008). No que tange os procedimentos, a escolha metodológica é caracterizada por ser um estudo de caso, com base em Yin (2005). A análise de dados foi realizada por categorias a partir do conceito de análise de conteúdo, sustentada por Bardin (2011). A investigação amparou-se em entrevistas semiestruturadas e questionário aberto com as professoras sujeitos da pesquisa, bem como foram realizadas observações de aulas, o que por sua vez, contou com o uso do diário de campo. A partir das análises realizadas, compreendi aspectos importantes no que diz respeito ao a) conceito de inclusivo ao nomear práticas pedagógicas; b) o quanto uma prática pedagógica mais dinâmica e atrativa beneficia todos os sujeitos, não somente os alunos em situação de inclusão; c) foi possível perceber que não há adaptação das práticas ou de materiais com vistas a atender estes sujeitos; d) em uma das línguas, há utilização de diversificados recursos, ambientes, espaços e formas interacionais que potencializa a aprendizagem de todos os sujeitos; e) há um estreitamento da vinculação nas relações dados os processos interacionais entre os sujeitos escolares (aluno-aluno, aluno-professor); f) há uma percepção dos benefícios da formação continuada; e por fim, g) percebe-se a importância do conceito de reflexividade. Espero que esta pesquisa colabore com o campo da Educação Especial, e possa trazer reflexão aos atores dos processos inclusivos no que se refere às práticas pedagógicas na sala de aula regular, almejando novas alternativas metodológicas, e um processo de reflexividade por partes dos professores, para todo e qualquer aluno que esteja dentro do âmbito escolar, respeitando suas especificidades, necessidades e estilos diferentes de aprendizagem.
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