A docência e o processo de inclusão de pessoas com deficiência no ensino superior
Resumo
A presente pesquisa é resultante de um trabalho de conclusão do Curso de
Licenciatura em Educação Especial - Noturno vinculado ao Centro de Educação, da
Universidade Federal de Santa Maria. Tem como objetivo geral discutir questões que
envolvam a docência no Ensino Superior e o processo de inclusão de pessoas com
deficiência. Percebe-se o grande número de alunos com deficiência chegando ao
Ensino Superior, com isto, aborda-se esta temática dando foco aos professores e
como conduzem este processo de inclusão, de acordo com as especificidades de
cada acadêmico. Neste sentido coloca-se então o papel da docência de grande
potencial para o aprimoramento e autonomia do acadêmico. Segundo Fernandes e
Almeida (2007), a inclusão do estudante com deficiência no Ensino Superior vai
muito além de facilitar o seu ingresso por meio de políticas de reservas de vagas. A
universidade deve criar condições para que o estudante seja integrado ao ambiente
universitário de modo a promover não apenas sucesso acadêmico, mas também o
desenvolvimento psicossocial do estudante. Isto envolve mudanças e/ou adaptações
em variados aspectos por parte da comunidade universitária, como adaptação de
materiais, acessibilidade física, capacitação de docentes, servidores e demais
estudantes quanto ao conhecimento sobre as deficiências, entre outros. O método
de pesquisa utilizado foi um estudo de caso. O mesmo teve um viés qualitativo, e de
acordo com Goldenberg (1997) a pesquisa qualitativa não se preocupa com
representatividade numérica, mas sim, com o aprofundamento da compreensão de
um grupo social de uma organização, etc. Envolveram-se sujeitos da pesquisa
professores do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Santa
Maria. Realizou-se entrevistas com os professores a fim de entender o processo de
inclusão de alunos com deficiência. É notável a preocupação por parte dos
docentes, mas ainda precisamos evoluir no sentido de pensarmos antecipadamente
este ciclo e não apenas quando já tivermos vivenciando-o. Indagações e
questionamentos sempre irão permear e fazer parte do processo de inclusão, e cabe
a todos a compreensão com um olhar rebuscado para os aspectos simples do
cotidiano, para tornarmos profissionais mais seguros e encorajados que virão a
encarar os desafios proporcionados pelas suas vivencias acadêmicas.
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