Correlação entre placa e inflamação gengival em pacientes com histórico de periodontite com diferentes intervalos de higiene bucal
Resumo
Avaliar a correlação entre a formação de placa dental e os parâmetros gengivais em
indivíduos com história periodontal que realizam higiene bucal de alto padrão em
diferentes intervalos. Quarenta e dois indivíduos com história de periodontite foram
randomizados para diferentes frequências de autocontrole de placa: 12, 24 e 48 horas
(G12, G24 e G48). O Índice de Placa (IPl) e o Índice Gengival (IG) foram avaliados no
início do estudo, 15, 30 e 90 dias. As diferenças intragrupos foram determinadas
usando ANOVA para medidas repetidas. As diferenças intergrupos no início do estudo
foram verificadas usando um teste qui-quadrado e teste t independente. O coeficiente
de correlação de Spearman entre IPl e IG para os diferentes grupos foi calculado no
início do estudo, 15, 30 e 90 dias. Correlações positivas, estatisticamente
significantes, foram encontradas entre o IPl e IG em todos os grupos e aumentaram
durante o período experimental, início do estudo ρ:(G12 = 0,18, G24 = 0,08 e G48 =
0,15), dia 15 ρ:(G12 = 0,25, G24 = 0,13 e G48 = 0,23), dia 30 ρ:(G12 = 0,23, G24 =
0,18 e G48 = 0,26) e dia 90 do estudo ρ:(G12 = 0,28, G24 = 0,18 e G48 = 0,21). Todos
os grupos tiveram um aumento nas médias de IPV e ISG entre o início do estudo e 90
dias. No G48, houveram os maiores aumentos de IPV e ISG durante o estudo. No
G12, as porcentagens de IG 1 mantiveram-se estáveis, em contraste com o aumento
observado nos valores do IG 2. No G24, as maiores migrações de IPl e IG foram os
escores 0 e 1. Entretanto, no G48, houve um aumento significativo nos escores IG 1
e 2, chegando ao final do estudo com a maioria dos sítios com escores de IPl 2
(39,2%). Na avaliação de indivíduos com história periodontal, com diferentes
frequências, com elevados padrões de higiene bucal, com baixos índices de
sangramento e seguindo um protocolo estruturado e monitorado, concluímos que a
correlação entre a formação de placa e as alterações gengivais é fraca e que a
frequência de higiene bucal altera os parâmetros gengivais. Assim, indivíduos que
realizam altos padrões de higiene em intervalos diários de 12h e 24h, manterão a
saúde gengival quando comparados com indivíduos que usam intervalos de higiene
maiores que 24 horas.
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