Obtenção e caracterização de biocarvão a partir de bagaço de malte oriundo de cervejarias para utilização como adsorvente do corante azul de metileno
Resumo
Um biocarvão alternativo foi desenvolvido a partir do bagaço de malte de cevada (BMC) através de pirólise
seguida de ativação com CO2. Os materiais BMC, biocarvão (material obtido como produto da pirólise) e
biocarvão (material obtido após a ativação com CO2) (CO2–biocarvão) foram caracterizados e testados como
adsorventes para a remoção de azul de metileno (AM) de soluções aquosas. A cinética de adsorção, o
equilíbrio e a termodinâmica foram estudadas. Verificou–se que o BMC e o biocarvão apresentaram valores
de área superficial menores que 1 m2 g–1, enquanto que o CO2–biocarvão foi um material mesoporoso típico
com área superficial em torno de 80 m2 g–1. Como conseqüência, o potencial de adsorção do azul de metileno
foi na seguinte ordem: CO2–biocarvão>>biocarvão>BMC. A cinética de adsorção de AM em CO2–biocarvão
seguiu o modelo de pseudo–segunda ordem. O modelo de Langmuir apresentou o melhor ajuste com as
isotermas de adsorção. A capacidade máxima de adsorção foi de 161 mg g–1. A adsorção de AM no CO2–
biocarvão foi espontânea, favorável e exotérmica. A pirólise seguida pela ativação com CO2 foi uma rota
adequada para produzir um adsorvente mesoporoso alternativo a partir do bagaço de malte de cevada.
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