Metodologia para análise e ajuste da seletividade de dispositivos de proteção em situações de contingência
Resumo
O conceito de Smart Grid (SG) modificou a forma de operação e planejamento dos sistemas elétricos, incentivando a automação, a geração distribuída, entre outros aspectos. A partir dessa nova concepção de sistema, propiciou-se uma série de aplicações com vistas à otimização da gestão dos ativos tanto em regime permanente como em situações de contingências. Nesse sentido, este trabalho propõe uma metodologia para análise da coordenação e seletividade dos dispositivos de proteção em situações de contingência, realizando as parametrizações necessárias nos equipamentos automatizados em tempo real. Como estudo de caso, serão apresentadas análises em sistemas elétricos reais, com o intuito de examinar o sistema de proteção em situações de contingências, quando teve suas características topológicas e elétricas alteradas. No caso de manobras entre as redes elétricas, os valores da corrente de curto-circuito simétrica e assimétrica se alteram, bem como a impedância e a potência, podendo representar uma condição de não coordenação e seletividade dos equipamentos de proteção, fato que pode possibilitar a propagação de falhas e atuações indevidas. O estudo é baseado na topologia de redes de distribuição (RDs) da permissionária Coprel Cooperativa de Energia, que está situada na Região Sul do Brasil. Propõe-se a utilização do método heurístico através da estratégia de busca em profundidade, para análise das possibilidades de realimentação das cargas em caso de defeito, quanto à coordenação e seletividade dos dispositivos de proteção para essa nova configuração. Dessa forma, a metodologia busca, através de determinada falha, definir os novos ajustes que poderão ser implementados, caso necessários, buscando garantir a coordenação e a seletividade a partir da nova configuração de rede. Com o resultado, espera-se garantir a proteção e seletividade dos dispositivos através das análises e cálculos do sistema em regime de contingência. Os novos ajustes fornecidos pelo cálculo possibilitarão, de forma rápida e segura, o atendimento ao maior número possível de consumidores. O grande benefício está relacionado à operação em tempo real do sistema, possibilitando a parametrização dos ajustes da proteção mesmo em situações de emergência, garantindo também a coordenação e seletividade dos dispositivos na contingência do sistema. Os benefícios se somam ainda à recomposição automática de sistemas de distribuição no caso da ocorrência de algum defeito, através de equipamentos automatizados que calcularão automaticamente a melhor e mais rápida forma de atendimento a um determinado número de consumidores.
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