Azospirillum brasilense, biopolímero e fungicida na redução das manchas amarela, marrom e ferrugem na cultura do trigo
Resumo
O trigo é um cereal de ampla adaptação, cultivado desde o Rio Grande do Sul até a região
central do Brasil, sob diferentes condições e intensidade de doenças. Assim, objetivou-se com
essa pesquisa verificar a eficiência da bactéria Azospirillum brasilense, de um biopolímero e
da aplicação de fungicida, no controle de doenças foliares na cultura do trigo. O experimento
a campo foi realizado na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS. A
cultivar utilizada foi a Quartzo, sendo realizadas avaliações de severidade, área abaixo da
curva de doença, massa de hectolítrico, produtividade e massa de mil grãos. O delineamento
utilizado foi de blocos ao acaso com quatro repetições por tratamento segundo um modelo
bifatorial (3 x 4). O primeiro fator foi constituído por três níveis (0, 3, 6 aplicações) do
fungicida Trifloxistrobina 150,0 g/L + Protioconazol 175,0 g/L. Sendo a testemunha sem
aplicação de fungicida, com três aplicações do fungicida químico, realizadas nos estádios de
afilhamento pleno, emborrachamento pleno e antese. E para as seis aplicações foram no
afilhamento pleno, alongamento, emissão da folha bandeira, emborrachamento pleno,
espigamento e antese. No segundo fator, foram utilizados quatro níveis constituídos em (i)
testemunha, (ii) A. brasilense, (iii) biopolímero, (iv) A. brasilense + biopolímero. As
avaliações fisiológicas foram realizadas no laboratório de Biotecnologia Vegetal do
Departamento de Biologia da UFSM, e consistiram-se da coleta e avaliação de quatro plantas
de cada um dos tratamentos descritos anteriormente. As plantas foram coletadas e avaliadas
no estádio da antese. As avaliações fisiológicas foram: peróxido de hidrogênio (H2O2),
peroxidação lipídica (T-Bars), superóxido dismutase (SOD), guaiacol peroxidade (POD),
clorofila T (CLOROT) e carotenoides (CARO). As maiores produtividades de grãos foram
encontradas nas aplicações com fungicidas químicos. Os tratamentos com Azospirillum e
biopolímero, associados ou isoladamente não tiveram influência no aumento da produtividade
e nem para o controle de doenças. Em laboratório as aplicações dos tratamentos tiveram
diferença significativa para as variáveis SOD, POD, CLOROT e CARO. Na SOD ocorreu
aumento da atividade enzimática quando aplicado o tratamento de fungicida químico, e para
POD ocorreu ativação dessa enzima tanto para os tratamentos de A. brasilense e biopolímero
e para fungicida químico, onde essas enzimas estão atuando como mecanismo de defesa da
planta. Na CLOROT e CARO as maiores médias encontradas foram nos resultados com
aplicação de fungicida, sendo assim sua maior média corresponde ao maior concentração de
CLOROT e CARO nas plantas e ocasionando efeito positivo de defesa para a planta.
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