Irrigação por sulcos para o cultivo de milho em áreas de arroz irrigado
Resumo
A utilização de culturas de sequeiro em rotação com arroz irrigado nas áreas de terras baixas do estado do Rio Grande do Sul, tem se mostrado como uma alternativa para a redução da infestação de plantas daninhas nas áreas de cultivo de arroz. No entanto, o ambiente naturalmente encontrado nessas áreas não é favorável ao cultivo de culturas de sequeiro. A utilização do milho nessa rotação traz benefícios no controle de plantas daninhas e redução no banco de sementes do solo. Contudo, seu cultivo nessas áreas esta sujeito às limitações edafoclimáticas que naturalmente ocorrem, o estresse por excesso ou déficit hídrico pode limitar significativamente o rendimento de grãos da cultura. A utilização de técnicas de cultivo que reduzam esses estresses é fundamental para o sucesso do sistema produtivo. O cultivo do milho em camalhões mostra-se como uma possível alternativa, devido o sulco formado entre os camalhões, que auxilia a drenagem e facilita o manejo da irrigação. Estudos que relacionem o cultivo de milho em áreas de várzea com a irrigação por sulcos podem contribuir para a adequada introdução dessa cultura na rotação com o arroz nessas áreas. Diante do exposto, o presente trabalho tem o objetivo de avaliar o desempenho da irrigação por sulcos sob diferentes manejos do tempo de reposição de água nos parâmetros de dimensionamento e eficiência do sistema de irrigação, eficiência do uso de água, crescimento e produtividade de grãos de milho em terras baixas. O experimento foi conduzido em um arranjo bifatorial, sendo avaliado o efeito de 5 tratamentos de irrigação e 3 posições ao longo da unidade experimental. Durante o ciclo da cultura avaliou-se parâmetros de crescimento e rendimento da cultura do milho e os parâmetros de irrigações. Ao longo do período vegetativo da cultura, as irrigações não apresentaram efeito nos componentes de crescimento da mesma. Já no período reprodutivo houve resposta à irrigação incrementando a produtividade de grãos de 43,81 até 53,26% para os tratamentos com 100 e 0% do tempo necessário para a reposição da lâmina de irrigação, a eficiência da aplicação foi superior para os tratamentos com zero e 25% de reposição, sendo de 89,46 e 81,66% respectivamente. O manejo da irrigação não influenciou nos componentes de crescimento e rendimento do milho nas três posições avaliadas, a eficiência do uso da água e eficiência do uso da água da irrigação não apresentaram diferença para os tratamentos testados.
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