Laminite crônica em equídeos da raça crioula: características clínicas e radiográficas
Resumo
Este estudo visou analisar o perfil de cavalos crioulos acometidos por laminite crônica
internados na Clínica de Equinos do Hospital Veterinário Universitário da Universidade
Federal de Santa Maria no período de março de 2010 a outubro de 2011. Foram utilizadas as
fichas de registro, as avaliações clínicas diárias e os estudos radiográficos. A análise dos
resultados obtidos foi realizada pelo método de correlação de Pearson. Foram computados
dados de nove equinos, cinco fêmeas e quatro machos com idade média de 8,56 ± 5,88 anos e
período médio de internação de 104,22 ± 91,73 dias. As fêmeas representaram 55,56% (5/9)
dos casos, enquanto que os machos inteiros 44,44%(4/9), 22,22% (2/9) apresentaram laminite
nos quatro membros, enquanto 77,78% (7/9) apresentaram laminite apenas nos membros
anteriores. Quanto às causas da laminite 11,11% foram decorrentes de endotoxemia (1/9),
44,44% (4/9) decorrentes de Síndrome Metabólica Equina e 44,44% (4/9) de origem
desconhecida. Dos animais do estudo 66,67% (6/9) apresentaram afundamento da terceira
falange 20mm. Apenas 11,11% (1/9) dos animais apresentaram afundamento distal
unilateral. O afundamento da coluna óssea não se correlacionou (p>0,05) com o grau de
claudicação. Dos nove animais deste estudo 66,67% (6/9) apresentaram rotação 5,5º em pelo
menos um dos membros. Houve correlação positiva (p<0,05) do grau de rotação com o grau
de claudicação. Dois pacientes (22,22%) foram submetidos a tenotomia do flexor digital
profundo. A terapia de suporte, cuidados intensivos de enfermagem, casqueamento e
ferrageamento corretivos proporcionaram uma alta taxa de sobrevivência para que após a alta
os animais pudessem ser mantidos sem uso de medicação para a manutenção do conforto.
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