A representação da identidade camponesa na comunicação contra-hegemônica do movimento dos trabalhadores rurais sem terra
Resumo
O presente trabalho faz uma análise da representação da identidade camponesa através do Jornal Sem Terra produzido pelo Setor de Comunicação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Rio Grande do Sul, desde o ano de 2014. O encarte se configura como o principal meio de comunicação do MST no estado, e é encarado aqui como uma estratégia
formativa e organizativa que fomenta, reproduz e recria a identidade camponesa que dá unidade ao movimento. No primeiro capítulo da monografia se faz um resgate teórico sobre conceitos tais como cultura, representação, hegemonia, contra-hegemonia e identidade; no segundo capítulo se discorre sobre a especificidade que caracteriza a identidade camponesa
em suas relações sociais de similaridade e distinção; no terceiro capítulo, ao se remontar a história do MST, aborda-se como a comunicação social foi encarada pelo Movimento ao longo dos anos de sua existência, bem como de que forma as suas pautas foram se estabelecendo; e por fim, no quarto capítulo será feita a análise qualitativa das edições do Jornal Sem Terra do MST-RS, a fim de elencar através das matérias, dos editoriais e das imagens publicadas os elementos que fomentam, reproduzem e recriam a identidade camponesa de resistência do MST, atrelada à luta pela terra, às ocupações, às marchas e aos atos públicos do movimento, bem como a sua identidade de projeto, atrelada à agroecologia, à soberania alimentar, à produção de alimentos saudáveis e à qualidade de vida no campo.
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