O setor elétrico brasileiro e sua transição para a economia verde no período 1970-2016
Resumo
A geração de energia elétrica, introduzida no Brasil na década de 1880, conta com demanda doméstica e industrial cada vez maior. Para atender à demanda, priorizou-se o uso das fontes de maior abundância no território nacional e, assim, a Matriz Energética nacional opera de maneira mista, com recursos renováveis e não renováveis. Ocorre no Brasil algo diferente do que acontece com a maioria dos países da ordem mundial: utiliza-se uma proporção bastante maior de recursos renováveis em comparação com a proporção de recursos não renováveis. Tal fato vai ao encontro do que é proposto pela Economia Verde , que visa atingir um desenvolvimento econômico que gere bem-estar e igualdade social concomitantemente com o melhor aproveitamento dos recursos naturais. A geração de energia recebe atenção especial pois sua produção emite gases que causam o efeito estufa e a redução desses gases é o intuito do Acordo de Paris, firmado em 2015. Com base nas premissas do Acordo de Paris e nas fundamentações da Economia Verde, esse trabalho tem por objetivo analisar, por meio do cálculo de derivadas direcionais e vetores-gradiente, se o setor elétrico brasileiro é capaz de realizar a transição para a Economia Verde sem aumentar os níveis de gás carbônico emitidos na atmosfera e sem sacrificar seu Produto Interno Bruto (PIB) de forma a atender à demanda crescente por eletricidade. Os principais resultados obtidos são que o setor elétrico do Brasil realiza uma transição à Economia Verde que pode ser considerada rápida, porém não é possível emitir uma quantidade maior de gás carbônico sem sacrificar os níveis do PIB.
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