Involução uterina no pós-parto em vacas leiteiras
Resumo
O descarte de vacas em lactação por enfermidades do sistema reprodutivo é uma
das principais causas de prejuízos econômicos e a eficiência reprodutiva é um dos
principais pontos críticos para a lucratividade do sistema. Dessa forma, um melhor
desempenho reprodutivo está associado com um puerpério mais curto e fisiológico.
No experimento foram avaliadas um total de 52 vacas holandesas em lactação em
sistema de confinamento tipo free-stall. As fêmeas foram alocadas em dois grupos
experimentais, primíparas (n=24) e multíparas (n=28). No dia do parto foram
avaliados escores de condição corporal; na terceira, quarta e quinta semanas pósparto
foram realizadas avaliações uterinas por meio de palpação e ultrassonografia,
medindo consistência, posição e tamanho dos cornos uterinos. Também foram
coletados idade, data do parto, produção de leite, além de dias em lactação,
patologias pós-parto, e as datas das inseminações artificiais. Constatou-se que não
houve diferença na involução uterina entre primíparas e multíparas. A presença de
patologias entre os grupos de primíparas e multíparas que não apresentaram
involução uterina foi de 33,33% e 64,71%, respectivamente. Ainda, as vacas que
não apresentaram patologias tiveram o intervalo parto primeira inseminação menor
do que as que tiveram alguma patologia no pós-parto. O intervalo parto primeira
inseminação foi menor nas primíparas quando comparado com as multíparas, porém
a involução uterina não interfere no intervalo parto primeira inseminação. Desta
maneira, sugere-se que possa existir alguma condição metabólica subclínica que
interfira na involução uterina fisiológica das fêmeas.
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