Padrões de distribuição da vegetação florestal na Serra do Caverá - sudoeste do Rio Grande do Sul/Brasil
Resumo
A vegetação florestal, em território sul-rio-grandense, embora seja favorecida pelas
condições climáticas atuais, não é predominante na paisagem, como é a campestre.
No entanto, em determinados locais as formações florestais desenvolvem-se com
êxito, como ocorre na região da Serra do Caverá, sudoeste do Rio Grande do Sul.
Este trabalho teve como principal objetivo compreender como ocorre a distribuição da
vegetação florestal e quais fatores contribuem para seu estabelecimento na Serra do
Caverá, de modo a propor possíveis padrões para o avanço da vegetação florestal na
região. Para seu desenvolvimento foram realizados os mapeamentos da vegetação
florestal e do relevo da área de estudo, a partir de suas formas, elementos e
componentes das vertentes, utilizando um MDE gerado a partir dos dados SRTM e
trabalhados no SIG ArcGIS 10.3, onde foram feitas as correlações, além de trabalho
de campo para coleta e verificação dos dados, também foi utilizado o cálculo da razão
de frequência, método estatístico que serviu para demonstrar a correlação da
vegetação florestal com os atributos analisados. Os resultados obtidos demonstraram
que a distribuição e estabelecimento da vegetação florestal na Serra do Caverá e
entorno, se dá em função de alguns atributos do relevo, como as formas planas, os
elementos vales, plano, fosso onde ocorrem as matas ciliares e a partir de onde a
vegetação avança para as associações de morros e morrotes da Serra do Caverá,
através das bases de encostas, dos elementos escavados e das vertentes com perfil
de curvatura côncavo e plano de curvatura convergente. Dessa forma, é possível
inferir que a vegetação florestal, na área de estudo, apresenta alguns padrões no seu
avanço sobre as áreas predominantemente campestres. Esse se dá, principalmente,
a partir das matas ciliares, onde além da disponibilidade hídrica, a vegetação florestal
encontra condições edáficas favoráveis ao seu estabelecimento, e, a partir das matas
ciliares, estende-se pelas bases de encostas, de onde avança até as porções
superiores das encostas mais íngremes, através das vertentes côncavas, dos relevos
escavados e dos contatos rochosos, principalmente quando há possibilidade de
concentração da água nas vertentes.
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