O fortalecimento do ecossistema empreendedor a partir dos seus domínios na percepção dos principais atores do ambiente local
Resumo
O empreendedorismo vem assumindo papel de destaque tanto na academia quanto na comunidade de prática, pois trata-se de uma fonte que oportuniza o aprimoramento das pessoas e das instituições que praticam a atividade empreendedora, impactando diretamente no desenvolvimento econômico e social da comunidade. Com o objetivo de promover o empreendedorismo, as Instituições de Ensino Superior (IES) tornam-se referências neste processo, uma vez que apresentam condições para criar um ambiente capaz de despertar e potencializar as características e o comportamento empreendedor dos alunos, docentes e de todos os atores envolvidos nas ações e projetos que transbordam as fronteiras das instituições. Neste sentido, a organização dos atores e de todas as instituições, sejam universidades ou instituições públicas e privadas nas proximidades das IES fortalecem o ambiente gerando condições para o fomento do empreendedorismo, o que caracteriza o ecossistema empreendedor, arranjo definido por Isenberg (2010) pela combinação de diferentes elementos como recursos humanos, instituições de suporte, mercados, capital financeiro, políticas públicas e cultura para a geração de um ambiente favorável à ação empreendedora. Nesta lógica, este estudo buscou compreender como ocorre o fortalecimento do ecossistema empreendedor a partir dos seus domínios na percepção dos principais atores do ambiente local. Para atender aos objetivos do trabalho, foi realizada uma pesquisa de campo e qualitativa, com a coleta de dados por meio de entrevistas com atores que atuam no ambiente em diferentes instituições, os quais estão em cargos de relevância para o ecossistema. Os dados coletados nas oito entrevistas foram organizados de acordo com o apoio do software NVivo 12 Plus e procedeu-se a análise de conteúdo (BARDIN, 2010). A apresentação dos resultados buscou contemplar os seis domínios do ecossistema empreendedor proposto por Isenberg (2010), além da representação das percepções dos entrevistados sobre o arranjo. Desta forma, percebeu-se que já existem no ambiente, principalmente nas instituições de ensino, diversas práticas para o fomento ao empreendedorismo, mas que ainda precisam ser fortalecidas e aglutinadas com outras ações externas a essas instituições. Além disso, os atores relataram que o ecossistema não é coeso e que precisa de uma coordenação ou governança para que as ações e projetos relativos à atividade empreendedora possam permear diferentes estruturas da sociedade, iniciando na educação básica.
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