Efeito do uso de um robô humanoide como ferramenta de motivação para exercícios físicos e seus aspectos psicológicos
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Data
2019-08-27Primeiro coorientador
Guerra, Rodrigo da Silva
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Mostrar registro completoResumo
Robôs humanoides são robôs que, geralmente, se assemelham aos seres humanos em sua estrutura
e se comunicam com eles através de gestos e fala. Esses robôs podem ser utilizados
em diferentes funções que necessitam de interação humano-robô (IHR), como na motivação
para realização de exercícios físicos. A prática regular desses exercícios e a redução de comportamento
sedentário é vital para a saúde de adultos (GARBER et al., 2011). Apesar de sua
importância, 62,1% da população brasileira não pratica nenhuma atividade física (IBGE, 2015).
O objetivo do presente trabalho é investigar o efeito do uso de um robô humanoide como uma
ferramenta de motivação para exercícios físicos. Para isso, um robô humanoide foi utilizado
como um agente motivador durante a prática de exercício em uma bicicleta ergométrica. O
estudo contou com a participação de 14 sujeitos de ambos os sexos, com idade média de 23,5 2,38 anos, que foram divididos em dois grupos. O grupo A executou o exercício sem instrutor
e o grupo B executou com o robô de instrutor. Esses participantes realizaram duas sessões de
exercícios, com duração de 6 minutos cada, e após cada sessão, responderam a questionários
sobre a motivação, aspectos psicológicos e interação humano-robô. Um sensor foi utilizado
na ergométrica para medir a distância percorrida (km) e a velocidade média (km/h). Para o
tratamento dos dados, foi utilizada estatística descritiva para verificação de frequência, porcentagem,
média, desvio padrão e o teste de Shapiro-Wilk para testar a normalidade dos dados.
Quanto à estatística inferencial, foram utilizados o Teste T e o Mann-Whitney e o nível de significância
adotado foi de 5% de modo que os resultados foram considerados significativos para
valores de p<0,05. Os resultados, sugerem o robô pode ter influenciado de forma positiva na
percepção de motivação, prazer e divertimento. O esforço e o desempenho de velocidade média
e distância percorrida parecem não ter sido influenciados. A interação com o robô, também parece
ter gerado uma mudança positiva nos estados de humor dos participantes. As comparações
realizadas, porém, não apresentaram em uma diferença estatisticamente significativa. Acreditamos
que, um número maior de participantes e outros estudos sejam necessários para concluir
sobre a influência do robô nos aspectos investigados. Trabalhos futuros incluem a utilização
do robô para motivar pacientes em clinicas e hospitais e uma aplicação de longa duração dessa
ferramenta.
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