Acampavida: extensão universitária e intergeracionalidade
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Data
2018-07-19Primeiro membro da banca
Siqueira, Monalisa Dias de
Segundo membro da banca
Gonçalves, Andréa Kruger
Metadata
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Em 1998, estruturou-se o evento de extensão Acampavida, experiência pioneira que
visa incluir os idosos da cidade de Santa Maria e região na universidade. O evento
acontece uma vez por ano e são desenvolvidas atividades didático-culturais no
formato de minicursos, oficinas e palestras, coordenadas e ministradas por docentes
e acadêmicos da UFSM e de outras IES. Esta pesquisa objetivou analisar a ação do
evento de extensão Acampavida quanto a estrutura de organização e a percepção
sobre intergeracionalidade dos idosos participantes. Metodologia de natureza
qualitativa, desenvolvida junto a: (1) Idosos representantes dos grupos de convivência
da Terceira Idade de Santa Maria que participam das reuniões que ocorrem
mensalmente no Centro de Educação Física e Desporto, que se dá no intuito de
organizar o Acampavida; (2) docentes coordenadores das oficinas; (3) Acadêmicos
monitores das oficinas. As técnicas de pesquisa utilizadas foram a observação
participante, entrevistas semiestruturada, análise documental e grupo focal, pois se
entende que são técnicas que se complementam em relação ao objeto de pesquisa
proposto. A análise de conteúdo segundo o método proposto por Bardin (2011). Nas
dezoito edições em que o evento aconteceu, os idosos participaram ativamente de
sua construção, afirmando sua atuação como protagonistas sociais. Para docentes e
acadêmicos, a organização das oficinas possibilitou pôr em prática as ações de
ensino, pesquisa e extensão. Em relação as percepções dos idosos sobre as
interações entre as gerações, constatou-se que estas são permeadas de conflitos e
solidariedade, porém que ao participarem do evento, somente as ações de
solidariedade são percebidas. Dessa forma, ao observar a construção do
Acampavida, compreendeu-se que neste espaço ocorrem recíprocas trocas a partir
das sabedorias de cada grupo, respeitando as diversidades e o conhecimento de cada
um. Assim, acredita-se que, quanto mais instituições puderem incentivar a convivência
em espaços como a experiência do Acampavida, maiores serão as oportunidades de
formar novos conhecimentos sobre o envelhecimento.
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