Avaliação da viabilidade de doses inseminantes de suínos com maior sensibilidade ao resfriamento elaboradas com a adição de α-tocoferol
Resumo
O estudo teve por objetivo avaliar a influência da adição do α-tocoferol, a doses inseminantes de suínos, selecionados quanto a sensibilidade ao resfriamento espermático, elaboradas com diluente Androstar® Plus e armazenadas a temperatura de 17 ºC por até 168 horas. Cinco ejaculados de 24 machos suínos foram analisados quanto a motilidade espermática progressiva (MP) e classificados em grupos, de acordo com a sensibilidade ao resfriamento do ejaculado em: MP <60% em 120 horas (maior), MP ≥60% em 120 horas e <60% em 168 horas (média), e MP ≥60% em 168 horas (menor). Em seguida, as doses inseminantes dos animais selecionados quanto a maior sensibilidade ao resfriamento, receberam diferentes concentrações de α-tocoferol: 0 (controle) (T1), 100 μg/mL (T2) e 200 μg/mL (T3). A partir disso, foram realizadas análises de motilidade, peroxidação lipídica, integridade de membrana plasmática e acrossomal, e teste de termorresistência (TTR). Em relação à média da MT nos tratamentos avaliados, o T3 se mostrou mais eficaz (85,19%), quando comparado ao grupo controle (82,85%) e T2 (83,67%), respectivamente (P<0,05). Os valores das médias de MP, ML e IM não variaram de forma significativa (P>0,05) entre os tratamentos. As médias de MT e MP regrediram de forma significativa com o passar das horas de armazenamento (P<0,05), e a ML e IM não tiveram diferenças importantes (P>0,05). Nas integridades espermáticas de membrana plasmática e acrossomal, as células espermáticas com acrossoma reagido e membrana lesada (ARML), diferiram (P<0,05) na média das horas de avaliação, ou seja, houve um aumento acentuado na hora 168 (29,96%) quando comparada a hora 72 (16,33%) da análise. As células espermáticas com acrossoma íntegro e membrana íntegra (AIMI), também diferiram (P<0,05) na média das horas de avaliação. Observamos que na hora 168 houve diminuição das células viáveis quando comparadas a hora 72 (66,04% e 73,06%, respectivamente). A motilidade total (MT), avaliada pelo TTR, que diferiu (P<0,05) no T3 (87,24%), quando comparada ao T1 e T2 (84,43% e 85,22% respectivamente). Na avaliação após os 30 e 120 minutos de incubação a 38°C, houve aumento (P<0,05) na MT (85,02% e 86,24%, respectivamente). Os dados relacionados a tióis totais, tióis não totais e ROS, das DI submetidas aos tratamentos com α-tocoferol, não apresentaram diferenças (P>0,05) entre os tratamentos. Portanto, é possível identificar machos reprodutores suínos com maior sensibilidade ao resfriamento através da metodologia proposta. As doses elaboradas a partir de machos com maior sensibilidade e submetidos a adição de 200 μg/mL de α-tocoferol mantiveram um bom resultado quanto a motilidade total, porém, não houve este acompanhamento com relação a integridade das membranas plasmática e acrossomal, e a redução ou manutenção da peroxidação lipídica, ao decorrer do armazenamento a 17 °C por 168 horas.
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