Atividade antitumoral da berberina em células de neuroblastoma SH-SY5Y
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Data
2017-02-23Primeiro coorientador
Pillat, Micheli Mainardi
Primeiro membro da banca
Sagrillo, Michele Rorato
Segundo membro da banca
Bauermann, Liliane
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Neuroblastoma é o tumor mais comum encontrado no primeiro ano de vida e representa 6% do total de cânceres infantis. Existem poucas opções de tratamento e a mortalidade chega a 21%, entre os casos de alto risco a mortalidade ultrapassa os 50%. A berberina é um alcaloide utilizado na medicina tradicional chinesa por muito tempo e diversos estudos têm comprovado atividades farmacológicas variadas desse composto, entre elas a antitumoral. Sendo assim, esta molécula pode ter potencial no tratamento do neuroblastoma. O objetivo desse trabalho foi avaliar se a BBR possui ação anti-tumoral na linhagem de neuroblastoma SH-SY5Y, bem como, investigar seu possível mecanismo através da via das espécies reativas de oxigênio (ERO), proteína quinase ativada por AMP (AMPK) e p53. Inicialmente, foi realizado um ensaio de morte celular com diferentes concentrações de BBR. A partir desses dados, identificamos a menor concentração capaz de levar as células a morte, a qual foi usada nos testes posteriores. Em células não tratadas ou tratadas com BBR e/ou um inibidor de AMPK (composto C), foi determinado os índices de apoptose e medidas do ciclo celular, bem como marcação com anticorpos específicos para quantificar a fosfo-p53 (Ser-15) e caspase 3. Paralelamente, a capacidade de migração e de formação de colônias, os níveis de ERO, atividade das enzimas antioxidantes e danos oxidativos ao DNA foram avaliados. Ainda, foi realizado q-PCR para quantificar a expressão dos genes p53, bax, bcl-2, caspase-3 e enzimas antioxidantes. Nossos resultados demonstram que a BBR não altera o ciclo celular nas células estudadas, diferente do que é encontrado descrito em outros estudos, mas provoca um aumento na quantidade de células apoptóticas e dos níveis de p-p53 independente da atividade da AMPK, além de provocar aumento das ERO e da atividade da enzima catalase. Também, houve uma redução na capacidade migratória e de formação de colônias nas células tratadas. Sugere-se com este estudo que a BBR tem potencial terapêutico como adjuvante no tratamento do neuroblastoma.
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