Estudo fitoquímico e biológico do extrato hidroalcoólico de Inga marginata Willd
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Data
2019-02-21Primeiro membro da banca
Lopes, Gilberti Helena Hübscher
Segundo membro da banca
Souto, Ricardo Bizogne
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As plantas medicinais são usadas desde a antiguidade pelo homem para curar diversas
enfermidades. Ainda hoje, são muito utilizadas pela população de forma paliativa, para a cura
e também associadas aos medicamentos convencionais. Inga marginata pertence à família
Fabaceae, gênero Inga, possui diversas nomenclaturas populares como ingá e ingá-mirim, é
uma planta leguminosa, com ampla distribuição na América Latina. Possui propriedades
antidiarreica, antimicrobiana, antinociceptiva, anti-inflamatória, dentre outras. O presente
trabalho teve por objetivo obter o extrato bruto das folhas de I. marginata pelo processo de
maceração, realizar caracterização fitoquímica, identificar e quantificar compostos presentes no
extrato, avaliar atividades biológicas, como a atividade antinociceptiva e antimicrobiana, bem
como, avaliar a citotoxicidade, genotoxicidade e potencial antioxidante frente a espécies
reativas de oxigênio e nitrogênio. A partir da caracterização fitoquímica de I. marginata foram
encontradas as seguintes concentrações 110,60; 100,38 e 27,04 mg/g para polifenóis totais,
flavonoides e taninos, respectivamente. Utilizando HPLC foram identificados e quantificados
os seguintes compostos ácido gálico (1,837 mg/g), epicatequina (22,493 mg/g) e rutina (5,217
mg/g). O extrato hidroalcoólico não apresentou citotoxicidade e genotoxicidade. Por meio de
testes antioxidantes (DPPH – IC50 17,306 μg/mL; DCFH-DA – 10 e 60 μg/mL; ORAC –
2952,944 μmol Trolox/g e Óxido nítrico – 15 μg/mL) foi demonstrado o alto poder antioxidante
do extrato em análise. A atividade antimicrobiana foi avaliada frente as cepas bacterianas de
Staphylococcus aureus, Bacillus cereus, Enterobacter aerogenes, Staphylococcus epidermidis,
Micrococcus luteus, Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae,
Salmonella e Pseudomonas aeruginosa, sendo que os melhores resultados obtidos foram para
S. epidermidis (128 μg/mL), S. aureus (128 μg/mL), M. luteus (256 μg/mL) e K. pneumoniae
(256 μg/mL). A avaliação antinociceptiva também demonstrou resultados promissores, sendo
a concentração de 100 mg/Kg a mais efetiva. Dessa forma, devido aos resultados favoráveis,
pode-se sugerir o uso de I. marginata de maneira segura e eficaz.
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