Determinação de benzodiazepínicos em plasma por cromatografia líquida com detector ultravioleta-visível empregando microextração líquido-líquido dispersiva
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Data
2020-03-27Primeiro membro da banca
Oliveira, Sarah Carobini Werner De Souza Eller Franco de
Segundo membro da banca
Prestes, Osmar Damian
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Mostrar registro completoResumo
Os medicamentos tem sido os principais agentes envolvidos em intoxicações no país. Segundo
o último relatório do Sistema Nacional de Informações Toxico-Farmacológicas, estes agentes
totalizaram 20367 casos de intoxicação representando 26,79% de todos os agentes envolvidos.
Dentre este total, 9983 casos são de tentativa de suicídio. Os medicamentos psicotrópicos da
classe dos benzodiazepínicos foram os agentes com maior representatividade neste cenário.
Dentre os representantes, o Clonazepam (Rivotril®) se destacou em 1506 casos (1223 em
circunstância intencional). Benzodiazepínicos possuem características farmacológicas as quais
estão relacionadas à tentativas de suicídio e como facilitadores de crimes. Como estas
características não são exclusivas desta classe de medicamentos, é necessário o
desenvolvimento de um método analítico que possa detectar e quantificar estes fármacos com
especificidade e sensibilidade suficientes para auxiliar na conduta profissional de médicos e
outros profissionais da saúde em casos de intoxicação acidental ou intencional. Neste contexto,
o sangue é considerado uma matriz complexa que permite avaliar a concentração deste
xenobiótico que ainda está ativo no organismo, podendo correlacionar seus níveis com efeitos
biológicos, além de ser uma amostra de escolha para fins toxicológicos. Entretanto,
procedimentos extrativos são necessários como etapa anterior a injeção cromatográfica para
promover o clean-up da matriz biológica, evitando danos ao equipamento e a outros insumos
assim como concentrar os analitos de interesse para permitir a detecção pelo sistema
cromatográfico. Entre as técnicas extrativas, a microextração líquido-líquido dispersiva
(DLLME) destaca-se por se tratar de um processo rápido, simples, baixo custo e aplicável a
qualquer laboratório e que foi pouco explorada para fins de análises toxicológicas. O objetivo
geral desta pesquisa foi o desenvolvimento de um método analítico para análise de
benzodiazepínicos em plasma visando auxiliar na conduta médica em casos de intoxicação
acidental ou intencional oriundos do Hospital Universitário de Santa Maria localizado na
Universidade Federal de Santa Maria (HUSM-UFSM). Os resultados mostraram que o
procedimento extrativo ficou otimizado da seguinte forma, a partir de 500 μL de plasma,
previamente alcalinizados a pH 10, são adicionados 0,013 g de cloreto de sódio, depois são
injetados simultaneamente 400 μL de clorofórmio e 700 μL de acetonitrila, o conteúdo é
homogeneizado em vórtex por 10 segundos e depois colocado banho ultrassônico por 1 minuto,
depois centrifuga-se à 10000 rpm/10 minutos, a fase orgânica é coletada, evaporada e
ressuspendida em 30 μL de fase móvel (água pH 9/metanol/acetonitrila, 63:19:18) e são
injetados 20 μL no HPLC-DAD. Na validação analítica, segundo os guias da UNODC e
SWGTOX, não foi possível validar todos os parâmetros, sendo possível a aplicação deste
método apenas para triagem.
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