Presenteísmo e cultura de segurança no ambiente hospitalar
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Data
2019-04-25Primeiro membro da banca
Carvalho, Rhanna Emanuela Fontenele Lima de
Segundo membro da banca
Magnago, Tânia Solange Bosi de Souza
Terceiro membro da banca
Andolhe, Rafaela
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A interface Saúde do trabalhador e Segurança do paciente foi observada com foco no
presenteísmo e na cultura de segurança. Comparecer ao trabalho com sinais ou sintoma de
adoecimento pode afetar a produção do trabalhador e, no contexto do trabalho na saúde, pode
afetar a segurança do paciente. Esta pesquisa apresentou como objetivo avaliar a associação
do presenteísmo de profissionais de saúde com a cultura de segurança do paciente, em
ambiente de atenção hospitalar. Integrou o projeto matricial “Cultura de segurança do
paciente e agravos à saúde do trabalhador em ambiente hospitalar”, aprovado no Comitê de
Ética em Pesquisa sob parecer número 2.447.277 de 19 de dezembro de 2017. Trata-se de
estudo epidemiológico observacional, transversal, desenvolvido em hospital de ensino,
público, de nível terciário, 100% SUS, referência em saúde para a região centro do Rio
Grande do Sul, Brasil. Os dados foram coletados entre março e agosto de 2018, por meio de
um questionário para caracterização sociodemográfica, laboral e perfil de saúde; e dois
instrumentos auto-aplicáveis, validados no Brasil, para medir o presenteísmo e a cultura de
segurança: a Stanford Presenteeism Scale e o Safety Attitudes Questionnaire–Short Form,
respectivamente. Após, foram analisados por estatística descritiva e analítica. Foram
respeitados os critérios da Resolução 466/2012, que regula a pesquisa com seres humanos.
Participaram do estudo 758 profissionais, a maioria do sexo feminino (78,5%), idade mediana
de 40 anos, com companheiro/a (75,2%), com filhos (66,9%), e pós-graduados (58%). Os
resultados foram apresentados no formato de dois artigos, um de avaliação do presenteísmo e
outro da associação de presenteísmo e clima de segurança do paciente. Artigo 1:
“Presenteísmo de profissionais da saúde em ambiente hospitalar” - Prevalência de 43,5% de
presenteísmo; 13,7% tiveram perda de produtividade; esteve associado às variáveis: sexo,
setor de trabalho, cargo, intenção de deixar o trabalho, sono, atividade física, lazer,
diagnóstico médico, uso de medicamentos e afastamento no último ano. Artigo 2:
“Presenteísmo de profissionais da saúde: qual sua associação com o Clima de segurança do
paciente?”- Entre os presenteístas a maioria avaliou o clima de segurança negativamente, com
exceção dos domínios Satisfação no trabalho e Reconhecimento do estresse. O clima de
segurança teve média de 65,74 (DP=13,34). Identificaram-se associações entre presenteísmo e
clima de segurança geral, e com os domínios Clima de trabalho em equipe, Clima de
segurança, Reconhecimento do estresse e Condições de trabalho. Conclusão: Alta prevalência
de presenteísmo, que afetou a produtividade de parcela dos profissionais. A cultura de
segurança do paciente está aquém do ideal. O estado de saúde influenciou nesta avaliação,
com exceção da Percepção da gerência e Satisfação no trabalho, avaliadas respectivamente
como negativa e positiva, sem diferença entre os grupos. Preocupação com colegas e
pacientes e a satisfação no trabalho foram identificados como os pontos de apoio para
mudanças na cultura, com necessária aproximação da gestão para um diálogo contínuo sobre
cultura de segurança.
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