Efeitos cardiopulmonares e antinociceptivos da infusão contínua de fentanil, dexmedetomidina ou maropitant em cadelas submetidas à ovariohisterectomia
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Data
2020-02-28Primeiro membro da banca
Gehrcke, Martielo Ivan
Segundo membro da banca
Mörschbächer, Priscilla Domingues
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Mostrar registro completoResumo
O estudo teve por objetivo avaliar e comparar os parâmetros cardiorrespiratórios e analgésicos
da infusão contínua de fentanil, dexmedetomidina ou maropitant em cadelas submetidas à
ovariohisterectomia. Foram avaliadas 30 cadelas adultas saudáveis, sem raça definida, com
peso corporal médio de 11±1,78 kg. Todos os animais receberam acepromazina (0,05 mg kg-1)
por via intramuscular como medicação pré-anestésica, a indução anestésica foi realizada com a
administração intravenosa de propofol (5,51±0,67 mg kg-1) e a anestesia foi mantida com
isoflurano. Após a indução anestésica, os parâmetros cardiorrespiratórios e o plano anestésico
foram estabilizados. Dez minutos após a estabilização, a infusão contínua foi instituída,
precedida de uma dose em bolus dos fármacos avaliados, divididos nos seguintes grupos: GF
(fentanil 2 g kg-1, 3 g kg-1 h-1, n = 10), GD (dexmedetomidina 0,5 g kg-1, 1 g kg-1 h-1, n =
10) e GM (maropitant 1 mg kg-1, 150 g kg-1 h-1, n = 10). No período trans-operatório, foram
avaliados parâmetros cardiorrespiratórios (FC, f, PAS, PAD, PAM, ETCO2, SpO2 e T° C) e
análise dos gases sanguíneos arteriais (pH, PaO2, PaCO2 e HCO3¯). Da mesma forma, os efeitos
analgésicos foram avaliados durante a cirurgia (trans-operatório) e após (pós-operatório),
registrando parâmetros cardiorrespiratórios (FC, f, PAS, PAD, PAM) e utilizando escalas de
dor da Universidade de Melbourne (EDUM) e a escala de Glasgow (EDG), respectivamente.
Na avaliação dos parâmetros cardiorrespiratórios, em alguns tempos, observou-se: menor FC
no GF e no GD em relação ao basal e ao GM. No entanto, o GF foi maior em comparação com
o GD. Na pressão arterial, comparada ao basal, aumentou no GF e no GD. Em relação aos
grupos, o GF apresentou pressão arterial menor do que o GD e pressão arterial maior em relação
ao GM, enquanto o GD foi maior em comparação ao GM em pressão arterial. A T° C, em
relação ao basal, diminuiu no GD, GF e GM. Em relação à f, ETCO2 e SpO2 não houve
diferenças significativas. Nas mensurações das variáveis dos gases sanguíneos arteriais, houve
diminuição da PO2 no GF em relação às amostras de sangue, enquanto nas demais variáveis
pH, PCO2 e HCO3¯ não houve diferenças significativas. As variáveis cardiorrespiratórias
registradas para a avaliação analgésica apresentaram diferenças no tempo e entre os grupos com
maior efeito farmacológico de cada fármaco do que com os efeitos nociceptivos cirúrgicos. Na
avaliação analgésica pós-operatória, houve escores mais baixos na EDG no GF, GD e GM em
comparação à primeira avaliação. Já em relação aos grupos, houve escores mais baixos no GD
e no GM na EDUM em comparação ao GF. A partir dos resultados apresentados, sugere-se que
a infusão contínua de maropitant têm efeitos analgésicos trans e pós-operatórios, com poucas
alterações nos parâmetros cardiorrespiratórios em comparação à infusão contínua de
dexmedetomidina ou fentanil.
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