Doença renal crônica e uremia em gatos domésticos
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Data
2020-02-18Primeiro membro da banca
Inkelmann, Maria Andréia
Segundo membro da banca
Flores, Mariana Martins
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta dissertação de mestrado foi dividida em duas partes, resultando em dois artigos científicos. O primeiro artigo consistiu em um estudo comparativo entre as alterações macroscópicas, histológicas e características imuno-histoquímicas de 25 gatos com doença renal crônica (DRC) com fibrose intersticial. O diagnóstico morfológico de nefrite túbulo intersticial crônica (NTIC) foi o mais comumente observado (20/25) e cinco gatos (5/25) apresentaram doença glomerular primária. Foi observada redução do tamanho dos rins em 22 dos 25 casos e os rins diminuídos de tamanho apresentaram graus mais elevados de fibrose intersticial (p=0.021) e a redução do tamanho renal foi correlacionada à severidade da inflamação crônica (p=0.0039) e da fibrose intersticial (p<0,001). O aspecto macroscópico arredondado dos rins, presente apenas na NTIC foi atribuído à fibrose intersticial, atrofia tubular, obsolescência glomerular e redução da espessura da camada cortical lateralmente ao hilo renal, região compatível com os polos renais. A imunomarcação celular para actina-alfa de músculo liso (α-SMA) foi observada em todos os estágios da DRC, demonstrando a importância dos miofibroblastos nos diferentes processos e graus de intensidade da DRC com desenvolvimento de fibrose intersticial. O segundo estudo teve como objetivo determinar a prevalência e os aspectos clínicos da uremia em gatos, além dos aspectos patológicos e a distribuição anatômica das lesões extrarrenais da uremia. No período estudado (janeiro de 2000 a outubro de 2019) foram necropsiados 1.330 gatos, dentre os quais 78 apresentaram lesões extrarrenais de uremia (5,8%). Em 75% dos casos, a azotemia prolongada e uremia foram consequência de doenças renais. A DRC na forma de NTIC foi o processo renal mais comumente observado. As principais lesões extrarrenais de uremia observadas nos gatos foram o edema pulmonar e a gastrite hemorrágica e/ou ulcerativa. Mineralização de tecidos moles e hiperplasia das paratireoides foram achados incomuns, e osteodistrofia fibrosa não foi observada. A apresentação multissitêmica de lesões extrarrenais de uremia foi observada em apenas 24% dos casos, e algumas lesões normalmente encontradas em cães urêmicos não foram observadas nos gatos deste estudo.
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