Sarna psoróptica em um rebanho ovino no município de São Vicente do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil
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Data
2020-12-18Primeiro membro da banca
Monteiro, Silvia Gonzalez
Segundo membro da banca
Doyle, Rovaina Laureano
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O ácaro Psoroptes ovis é o agente da sarna psoróptica ovina, uma das mais severas alterações de pele dos ovinos. É uma doença altamente contagiosa e pruriginosa, responsável por grandes prejuízos econômicos nos países produtores de ovinos. Caracteriza-se pela formação de grandes lesões cobertas por uma crosta amarelada e descamativa, acompanhadas de dano na lã e no couro. O ácaro P. ovis pertence à ordem Astigmata, família Psoroptidae e gênero Psoroptes. Todo o ciclo se completa na superfície da pele do hospedeiro em 10 a 14 dias e a transmissão se dá principalmente por contato. O estudo que compõe esta Dissertação descreve um surto de sarna psoróptica ovina em uma propriedade do município de São Vicente do Sul, Rio Grande do Sul, na mesorregião Centro-Ocidental Rio-Grandense. No rebanho foi observado mau estado de nutrição, comportamento inquieto, manifestação de prurido, queda de lã, lesões crostosas amareladas na pele com exsudato nas bordas, eritema perilesional e presença de lã presa entre os dentes. O hemograma mostrou marcada eosinofilia e um raspado cutâneo demonstrou a presença de Psoroptes ovis no exame parasitológico. No exame histopatológico, oriundo de uma biópsia de pele, observou-se dermatite pustular eosinofílica. O tratamento consistiu de duas administrações de ivermectina a 1% na dose de 1ml para cada 33 kg por via subcutânea em um intervalo de 10 dias. Não há outros estudos científicos publicados que relatem a ocorrência desta doença, seus sinais clínicos e achados laboratoriais/histopatológicos na região estudada, mesmo sendo registrada a ocorrência dela no estado pelo Serviço Veterinário Oficial. Esta carência de informação provavelmente esteja contribuindo para a dificuldade de diagnóstico da sarna psoróptica pelos médicos veterinários que atuam nas propriedades rurais no estado. Há necessidade de estudos com a finalidade de investigar a ocorrência desta infecção parasitária no RS, bem como uma caracterização da sua manifestação clínica para orientar melhor os profissionais, contribuindo assim para o seu controle e erradicação.
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