Efeitos do treinamento muscular respiratório na deglutição e na qualidade de vida de sujeitos com bronquiectasia
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Data
2019-03-29Primeiro coorientador
Pereira, Marisa Bastos
Primeiro membro da banca
Pasqualoto, Adriane Schmidt
Segundo membro da banca
Bolzan, Geovana de Paula
Terceiro membro da banca
Almeida, Sheila Tamanini de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Introdução: A bronquiectasia é caracterizada pela dilatação anormal e irreversível de um ou mais segmentos da árvore brônquica pela destruição dos componentes elásticos e musculares de suas paredes. Com o passar do tempo, pode afetar funções importantes como a deglutição, sendo necessário realizar avaliações adequadas a fim de identificar alterações na biomecânica dessa função para elaboração de propostas terapêuticas efetivas. Objetivo: analisar os efeitos do treinamento muscular inspiratório na função de deglutição e qualidade de vida relacionada a deglutição de pacientes com diagnóstico de bronquiectasia. Método: ensaio clínico não cegado. Os participantes realizaram avaliação clínica da deglutição, avaliação da qualidade de vida através do questionário Quality of Life in Swallowing Disorders, videofluoroscopia, manovacuometria e escala de dispneia. A amostra foi dividida em dois grupos, o grupo controle realizou fisioterapia respiratória convencional através de protocolo de desobstrução brônquica e o grupo estudo associou esse ao treinamento muscular inspiratório com POWERbreathe. A fisioterapia foi realizada duas vezes por semana durante quatro semanas. Resultados: avaliados 11 indivíduos com bronquiectasia, a maioria com deglutição normal (63,6%), adultos de meia idade (44 a 64 anos) (54,5%) do sexo feminino (72,7%). Houve boa concordância entre os juízes que analisaram a biomecânica da deglutição antes e após as intervenções. Em ambos os grupos a pressão inspiratória máxima foi maior após intervenção (P=0,007). Entretanto, a pressão inspiratória máxima foi superior no grupo estudo, em relação ao grupo controle (P=0,034) após o treinamento muscular inspiratório. Houve melhora em ambos os grupos em algumas variáveis como atraso do início da fase faríngea e resíduos em valéculas, embora sem significância estatística, além de melhora da dispneia após o treinamento. Observada melhora da qualidade de vida relacionada à deglutição nos domínios duração da alimentação, frequência dos sintomas e fadiga após treinamento muscular inspiratório. Conclusão: a realização do treinamento muscular inspiratório não gerou efeitos significativos sobre a biomecânica da deglutição, embora tenha melhorado a pressão inspiratória máxima e o grau de dispneia, além da melhora da qualidade de vida relacionada a deglutição.
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