Fluxo de emergência e controle químico de arroz-vermelho em soja RR™ cultivada em solo hidromórfico
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Data
2013-03Primeiro membro da banca
Lima, Maria da Graça de Souza
Segundo membro da banca
Swarowsky, Alexandre
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Mostrar registro completoResumo
Acredita-se que o potencial produtivo das lavouras de arroz irrigado seja de 10 mil kg ha-1. Porém, a produtividade hoje alcançada ainda está aquém da esperada. Isso se deve, principalmente, ao controle insatisfatório de plantas daninhas, dentre elas, o arroz-vermelho. Se não realizado o controle corretamente, restarão plantas, as quais produzirão sementes. Portanto, fazem-se necessárias estratégias de manejo para os controles cultural e químico dessa planta daninha. Uma opção é o cultivo de soja em rotação com a cultura do arroz irrigado. É uma cultura que apresenta cultivares que estão sendo adaptadas para esse tipo de solo, alcançando produtividades semelhantes, quando cultivadas em terras altas. Além de ser um manejo cultural diferente, o manejo químico também pode ser feito de maneira diferenciada, utilizando herbicidas com outros mecanismos de ação, seja para dessecação, em pré ou pós-emergência da soja. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o controle químico de arroz-vermelho e seu fluxo de emergência após a combinação de herbicidas em dessecação, pré e/ou pós-emergência na cultura da soja cultivada em solo hidromórfico. Este trabalho foi realizado nas safras agrícolas 2011/2012 e 2012/2013, composto por 17 tratamentos e quatro blocos, sendo o delineamento experimental de blocos ao acaso. Desses 17 tratamentos, 15 receberam tratamentos em dessecação; uma testemunha capinada manualmente e outra testemunha sem nenhum tipo de controle. E desses 15 tratamentos, alguns receberam herbicidas em pré-emergência da cultura da soja e outros somente em pós-emergência. Os herbicidas foram aplicados utilizando-se pulverizador costal pressurizado com CO2, munido de barra com pontas de pulverização XT 110.015, à pressão constante de 1 bar (1,0197 kgf cm-2), aplicando um volume de calda equivalente a 100 L ha-1. No tratamento capinado foram feitas três intervenções: a primeira antes da semeadura, e as duas sequentes ao se perceber reinfestação de 20% da parcela. Foram feitas avaliações visuais de controle do arroz-vermelho, utilizando como base o Sistema de 0 a 100 para controle e fitotoxicidade. Nas mesmas parcelas, foram coletadas amostras de solo em três profundidades, 0-5, 5-10 e 10-15 cm, com o auxílio de um trado de copo, com diâmetro e altura de 0,05 m. As coletas foram realizadas antes da aplicação dos tratamentos em dessecação e após a colheita da soja (safra 2011/2012) e antes da aplicação dos tratamentos em dessecação (safra 2012/2013). Foram seis pontos por parcela, nas três profundidades. Cada camada coletada foi homogeneizada e espalhada em uma bandeja, a qual foi regada diariamente, durante 90 dias. Avaliação das plantas de arroz-vermelho germinadas foi feita semanalmente, através de sua identificação. A utilização de herbicidas graminicidas em pré-emergência da cultura da soja favorece a redução do banco de sementes nas camadas mais profundas do solo, seja pela inibição da emergência ou inviabilização da semente, sendo que na camada de 5-10 cm, a redução foi de 67%, ou seja, da primeira coleta germinaram 76 sementes, e na segunda, 25 sementes de arroz-vermelho. Já na segunda coleta a redução foi de 36%, germinando 30 sementes na primeira coleta, e 19 na segunda. E em relação ao controle químico de arroz-vermelho, os tratamentos em que se associou os dessecantes glifosato (3,0 L ha-1), Paraquato (2,0 L ha-1) e glifosinato (2,0 L ha-1) com os herbicidas pré-emergentes imazetapir (1,0 L ha-1), s-metolacloro (2,5 L ha-1) e clomazona (2,0 L ha-1) ou com os herbicidas glifosato (3,0 L ha-1) e setoxidim (1,5 L ha-1) aplicados em pós-emergência (soja RRTM no estádio V3) controlaram o arroz vermelho acima de 90% e não afetaram negativamente o estande e a estatura das plantas (30 dias) e nem a produtividade de grãos. Os tratamentos em que se associou glifosato (3,0 L ha-1), paraquato (2,0 L ha-1) e glifosinato (2,0 L ha-1) aplicados em pré-semeadura (dessecantes) da soja RRTM com os herbicidas pré-emergentes imazetapir (1,0 L ha-1), s-metolacloro (2,5 L ha-1) e clomazona (2,0 L ha-1), ou então com glifosato (3,0 L ha-1) e setoxidim (1,5 L ha-1) aplicados em pós-emergência (V3) controlaram o arroz vermelho acima de 90% e não afetaram negativamente o estande inicial, estatura de plantas (30 dias) e nem a produtividade de grãos.
Os tratamentos com participação dos herbicidas s-metolacloro (2,5 L ha-1) e imazetapir (1,0 L ha-1) promoveram injúria na soja RRTM com intensidade variável (até 31%).
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