Gênero e experiência do avaliador na percepção de dor pós-operatória em cadelas e gatas
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Data
2019-12-06Primeiro coorientador
Müller, Daniel Curvello de Mendonça
Primeiro membro da banca
Pinto Filho, Saulo Tadeu Lemos
Segundo membro da banca
Oliveira, Marília Teresa de
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Mostrar registro completoResumo
A dor não deve ser negligenciada em animais e a eficácia do seu tratamento depende da identificação e avaliação confiável. Apesar de existirem estudos correlacionando escores de dor com o gênero do avaliador baseados no preenchimento de questionários, não há estudos prospectivos de avaliação de dor em caninos e felinos que confirmem estas diferenças. O presente estudo objetivou determinar se o gênero e a experiência dos avaliadores interferem na percepção de dor pós-operatória em caninas e felinas quando utilizadas diferentes escalas de avaliação de dor. Os dados foram obtidos através da análise de fichas de avaliações de dor realizadas no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Santa Maria. Para isso, foram selecionados 16 avaliadores cegos ao tratamento, alocados aleatoriamente em 4 grupos, sendo estes GMI (grupo masculino inexperiente), GME (grupo masculino experiente), GFI (grupo feminino inexperiente) e GFE (grupo feminino experiente). Foram avaliados 80 animais (40 gatas e 40 cadelas) distribuídos aleatoriamente em 2 grupos, grupo cirúrgico (GC) e grupo não cirúrgico (GNC). Apenas o grupo GC foi submetido a procedimento cirúrgico. As avaliações de dor foram realizadas através da utilização da Escala Visual Analógica (EVA), Escala de Dor Aguda da Universidade do Estado do Colorado (CAPS), Escala de Dor da Universidade de Melbourne (UMPS) e escala Composta de Glasgow (GCMPS) para as caninas e, EVA, Escala Felina de Dor Aguda da Universidade Estadual do Colorado (CAPS-F), Escalada Composta de Glasgow (GCMPS-F) e Escala Multidimensional da UNESP-Botucatu (EUNESP) para as felinas. A avaliação basal (Mbasal) ocorreu uma hora antes do procedimento cirúrgico, seguidas pelas avaliações após 15 minutos (M1), duas horas (M2) e quatro horas (M3) após a alta do centro cirúrgico. Um total de 1280 avaliações foram realizadas, sendo 640 avaliações por espécie e 320 por grupo de avaliador. O gênero masculino atribuiu escores significativamente maiores que o feminino com a escala CAPS nas caninas. Nas felinas, a interação gênero e tratamento foi significativa para a escala EVA, e a interação experiência e tratamento foi significativa para as escalas de avaliação de dor EVA, EUNESP e GCMPS-F. Concluiu-se que o gênero e a experiência dos avaliadores devem ser considerados na escolha do método de avaliação de dor a ser utilizados nessas espécies.
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