Interpolação da precipitação horária observada com a especificação da área de cobertura da precipitação baseada em dados do satélite GOES: uma aplicação a eventos severos no sul do Brasil
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Data
2017-03-15Primeiro membro da banca
Muza, Michel
Segundo membro da banca
Anabor, Vagner
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Mostrar registro completoResumo
A caracterização da ocorrência espaço-temporal da precipitação é fundamental para quan-
tificação adequada da disponibilidade hídrica regional, na forma de vazão nos rios, da de-
manda hídrica pelos ecossistemas naturais e agrícolas, na forma de evapotranspiração e
caracterização de eventos severos, como secas e enchentes. A quantificação adequada
destes eventos está diretamente relacionada à qualidade da medida da precipitação, atra-
vés do ciclo hidrológico terrestre. Nesta pesquisa são selecionados eventos ocorridos entre
os anos de 2011 e 2016 quando existe reporte de desastres naturais pela Defesa Civil do
Rio Grande do Sul. É proposta uma metodologia que simule a intensidade e especifique a
área de cobertura da precipitação. Para isso, combina-se o método de interpolação Ponde-
rada pelo Inverso da Distância (IDW) com otimização de seus parâmetros p e dx através de
validação cruzada e dados do satélite GOES12 no canal infravermelho-4km (IDW.LTBh).
Para isso foram utilizados dados no Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Agência
Nacional das Águas (ANA) e Defesa Civil-RS (DC-RS) que combinados definem os even-
tos de estudo. A partir dos dados horários do INMET e diários da ANA, foram analisadas
metodologias para definição de limiares de temperatura de brilho que determinam as re-
giões de chuva e não chuva (Limiar de Temperatura de Brilho Horário (LTBh), Limiar de
Temperatura de Brilho por Evento (LTBev) e Limiar de Temperatura de Brilho Otimizado
(LTBotim)). A partir disso, é aplicado o método IDW otimizado por validação cruzada den-
tro de cada região definida pelos limiares (máscaras). Os resultados das máscaras com
os diferentes limiares de temperatura de brilho e da validação cruzada foram avaliados
com o CSI, MAE eNRMSE e com outras duas metodologias de estimativa de precipitação
através de sensoriamento remoto: o GSMAP e CMORPH. O resultado dos parâmetros
para o MAE mostraram-se com melhores resultados para o LTBh. Porém, recomenda-se
o teste com vários índices estatísticos para a validação cruzada, pois os índices estatísti-
cos mostraram-se sensíveis para cada caso de evento severo. O método LTBh e LTBotim
mostraram-se similares quanto a avaliação qualitativa da precipitação, porém, na avaliação
quantitativa (PC e CSI), o LTBh obteve resultados superiores.
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