Efeito in vitro do ácido úrico sobre a frutosamina e HbA1c e impacto de diferentes condições de armazenamento sobre a frutosamina sérica
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Data
2020-09-04Primeiro coorientador
Carvalho, José Antonio Mainardi de
Primeiro membro da banca
Comim, Fabio Vasconcellos
Segundo membro da banca
Bochi, Guilherme Vargas
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Os ensaios laboratoriais sofrem influência de fatores, que podem originar erros na dosagem
dos analitos. Entre os principais estão a interferência de substâncias diversas, como o ácido
úrico, e o armazenamento inadequado das amostras. Considerando que a hiperuricemia é um
dos achados relacionados ao diabetes mellitus, investigar a associação entre o ácido úrico e
biomarcadores como a frutosamina e a HbA1c é de grande importância, uma vez que esses
ensaios são utilizados para monitorar a glicemia nesses indivíduos. Além disso, existem
escassas referências sobre a interferência do ácido úrico sobre estes biomarcadores, bem como
informações restritas acerca da estabilidade da frutosamina em diferentes condições de
armazenamento. Logo, este estudo teve como objetivo investigar o efeito in vitro do ácido
úrico sobre a frutosamina e a HbA1c, além de avaliar o impacto de diferentes condições de
armazenamento e de consecutivos ciclos de congelamento/descongelamento sobre a
frutosamina. A interferência do ácido úrico foi avaliada em pools de amostras de soro ou
sangue, após a adição de uma solução de ácido úrico 3,0 mmol/L (50,4 mg/dL), obtendo-se
concentração final de 0,55 mmol/L (9,2 mg/dL). A frutosamina foi medida pelo método
colorimétrico baseado na redução do azul de nitrotetrazólio, por meio do analisador
automatizado BS 380® (Mindray). A HbA1c foi medida usando método cromatográfico,
através do analisador D10® (Bio-Rad). Para investigar a estabilidade da frutosamina, as
amostras de soro foram armazenadas a 4° C, -20° C e -80° C por até 28 dias, sendo analisadas
nos dias 1, 7, 14, 21 e 28. Já o efeito do stress térmico causado pelo congelamento e
descongelamento das amostras foi avaliado após o armazenamento das amostras a -20° C ou -
80° C. Cada amostra foi submetida a três ciclos que ocorreram em um único dia, sendo as
determinações de frutosamina realizadas após cada ciclo. A adição de ácido úrico promoveu
um aumento de 8,3% na frutosamina, enquanto o HbA1c não se alterou. Além disso, o
armazenamento das amostras a 4° C, -20° C e -80° C, por até 4 semanas, impactou de forma
significativa na concentração de frutosamina (P < 0,001). Alterações significativas sobre os
níveis de frutosamina, também foram observados após os sucessivos ciclos de
congelamento/descongelamento das amostras a -20° C e -80° C (P < 0,01). Desse modo,
elevadas concentrações de ácido úrico provocaram um aumento nas concentrações de
frutosamina, o que não foi observado na HbA1c. Ademais, o armazenamento do soro em
diferentes temperaturas e condições alterou significativamente as concentrações de
frutosamina.
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