Efeito do laser na resistência de união de cimentos endodônticos: uma revisão sistemática e meta-análise
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Data
2019-07-18Primeiro membro da banca
Bier, Carlos Alexandre Souza
Segundo membro da banca
Wolle, Carlos Frederico Brilhante
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Diferentes alternativas de pré-tratamento dentinário têm sido propostas para melhorar a adesão de cimentos endodônticos às paredes do canal radicular. Este estudo revisou sistematicamente a literatura científica para avaliar o efeito do laser na resistência de união de cimentos endodônticos. Estratégias de busca foram conduzidas em quatro bases de dados eletrônicas: PubMed/MEDLINE, EMBASE, Scopus e ISI Web of Science. Foram incluídos estudos in vitro avaliando a resistência de união de cimentos endodônticos e comparando o uso (intervenção) ou não (controle) de laser. Os estudos selecionados foram lidos na íntegra e avaliados quanto ao risco de viés por dois revisores. A meta-análise foi realizada em subgrupos, considerando diferentes tipos de laser, cimento endodôntico e grupo controle. Um total de 883 estudos foi inicialmente identificado, sendo 11 deles incluídos nesta revisão. Diferenças padronizadas das médias foram favoráveis ao grupo laser (P<0,05) quando utilizou-se: Nd:YAG antes de cimentos à base de resina epóxica (vs. EDTAC); diodo antes de cimentos à base de resina epóxica e metacrilato (vs. nenhum tratamento); Er:YAG antes de cimentos à base de silicato de cálcio (vs. nenhum tratamento ou solução de hidróxido de cálcio); à base de hidróxido de cálcio (vs. nenhum tratamento); à base de resina epóxi (vs. hipoclorito de sódio, nenhum tratamento, solução de hidróxido de cálcio ou EDTAC); ou à base de metacrilato (vs. solução de hidróxido de cálcio); ou Er,Cr:YSGG antes de cimentos à base de resina epóxica (vs. nenhum tratamento, hipoclorito de sódio ou EDTAC); ou à base de metacrilato (vs. nenhum tratamento). Quando um cimento à base de MTA foi avaliado, o laser diodo apresentou o mesmo comportamento do controle (plasma ou nenhum tratamento). Quando EDTA ou ácido cítrico foram aplicados como controle, nenhum dos lasers favoreceu a resistência de união dos cimentos testados. Houve grande heterogeneidade entre os estudos meta-analisados e a maioria deles (10 de 11) apresentou alto risco de viés. Conclui-se que os lasers em alta potência podem ter um efeito benéfico na resistência de união de diferentes cimentos endodônticos, porém sem vantagens em relação a alguns agentes quelantes convencionais (EDTA e ácido cítrico). A heterogeneidade entre os estudos e seu alto risco de viés impossibilitam conclusões definitivas. Portanto, estudos adicionais, bem delineados e com protocolos de laser padronizados, são necessários para melhor prever o efeito da irradiação com laser na dentina radicular.
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