Planejamento conservacionista em estradas não pavimentadas em escala de bacia hidrográfica
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Data
2019-08-28Autor
Silva, Cristiano Carvalho da
Primeiro membro da banca
Tassi, Rutinéia
Segundo membro da banca
Barros, Claudia Alessandra Peixoto de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Na escala de bacia hidrográfica, além do uso e do manejo do solo, as estradas rurais assumem papel de destaque no controle dos processos erosivos nas encostas e na rede de drenagem, os quais são amplificados pela alocação e manejo inadequados das estradas rurais. As soluções para o controle do escoamento em estradas rurais têm foco principal no seu armazenamento em bacias de detenção e retenção e/ou condução para terraços de infiltração. Porém poucos trabalhos abordam condições com solos rasos e declivosos, as quais dificultam o armazenamento do escoamento superficial, além da escolha das melhores rotas para o disciplinamento do escoamento. Para essa finalidade, técnicas de monitoramento e de modelagem dos processos hidrológicos e erosivos na escala de bacia hidrográfica podem ser utilizadas como uma das estratégias para a escolha das práticas conservacionistas mais eficazes e menos onerosas, otimizando os recursos financeiros da gestão. Uma vez que, a vazão e a produção de sedimentos refletem as alterações no uso do solo, bem como nas práticas de manejo do solo e da água, incluindo as estradas. O objetivo do estudo é compreender a influência das práticas conservacionistas nas estradas não pavimentadas e seu efeito na dinâmica hidrológica e erosiva na escala de bacia hidrográfica rural de pequena ordem. Para tanto, foi realizado um estudo na bacia experimental do Arroio Lajeado Ferreira em Arvorezinha – RS combinando as técnicas de monitoramento e modelagem matemática. O modelo LISEM (Limburg Soil Erosion Model) foi calibrado com oito eventos de chuva com dados de vazão e produção de sedimentos provenientes nos anos de 2014 a 2017. Com base nisto, foram criados três cenários conservacionistas para as estradas: baixa (BI), média (MI) e alta (AI) intervenção. O BI foi baseado em práticas conservacionistas mais econômicas envolvendo enrrocamento e vertedores defletores ao longo das estradas. O MI, além das práticas anteriores, envolveu a proteção vegetal da sarjeta das estradas e canais escoadouros para a condução do excesso de escoamento até a rede de drenagem e faixas de retenção. Na AI, além das práticas anteriores, foi incorporada cordões vegetais nas áreas de lavoura que contribuem com escoamento para as estradas. O volume de escoamento superficial teve uma redução de 17% na BI, 307% na AI. A vazão máxima variou de +0,9% no cenário de BI a -320,3% no AI. A produção de sedimento variou de +9,4% nos cenários de BI a -847,8% no de AI. Os resultados obtidos demonstraram a contribuição do monitoramento e da modelagem na análise do comportamento hidrológico e erosivo das estradas em escala de bacia, possibilitando avaliar a eficiência dos respectivos cenários.
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