Comunidade de formigas subterrâneas em área de pastagem nativa na região central do Rio Grande do Sul
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Data
2020-09-29Primeiro coorientador
Silva, Rogério Rosa da
Primeiro membro da banca
Schenato, Ricardo Bergamo
Segundo membro da banca
Dröse, William
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O bioma Pampa é formado por um ecossistema com elevada biodiversidade tanto da fauna
como a flora, e representa mais de 60% do território do estado do Rio Grande do Sul. Por ser
um ambiente majoritariamente campestre, a principal atividade desenvolvida é a
agropecuária, que se desenvolve fortemente nesse estado. Esta atividade é caracterizada
principalmente pela criação extensiva de gado, utilizando os recursos naturais dos campos
nativos para a alimentação animal. Porém, essa atividade quando mal manejada é
impulsionadora da degradação do solo, levado pelo excesso de carga animal nessas áreas e
aliado também a falta de conhecimento da dinâmica desse ambiente. Consequentemente, a
falta de manejo adequado, ocasiona alterações nas propriedades do solo, desta forma afetando
diretamente a fauna associada. Para o monitoramento destas áreas, os artrópodes,
principalmente as formigas, podem ser utilizados como excelentes bioindicadores dessas
alterações no ambiente. Assim, o objetivo deste trabalho foi descrever a fauna de formigas
subterrâneas em área de pastagem nativa e verificar o efeito das frequências de pastejo sob
esta fauna. O estudo foi realizado em uma área de pastagem nativa pertencente à Universidade
Federal de Santa Maria e localizada na região fisiográfica da Depressão Central do Rio
Grande do Sul. Os tratamentos da área foram intervalos de pastejo definidos por duas somas
térmicas 375 e 750 graus-dias (GD) que determinam o manejo do gado e uma área de
exclusão na divisa dos dois tratamentos. Para a coleta do material biológico foi utilizado a
metodologia do mini-Winkler. No total foram amostrados 180 pontos e distribuídos em 45
parcelas. Obteve-se 64 espécies de formigas pertencentes a 19 gêneros e cinco subfamílias. A
maior ocorrência de formigas foram dos gêneros Pheidole Westwood, 1839, Wasmannia
Forel, 1893, Solenopsis Westwood, 1840, Brachymyrmex Mayr, 1868 Hypoponera Santschi,
1938 e Typhlomyrmex Mayr, 1862. Das 64 espécies de formigas coletadas no estudo,
observou-se que somente 14 espécies são indicadoras da área de pastagem e todas são da área
de exclusão. A riqueza de espécies apresentou diferença significativa entre as áreas
amostradas, porém a área de exclusão apresentou maior riqueza. Verificou-se também que os
elementos Al3+, S e pH influenciaram diretamente a riqueza de espécies de formigas
subterrâneas. A composição de espécies não diferiu entre os tratamentos 375 e 750GD,
porém, houve diferença da área de exclusão do pastejo, tendo algumas espécies sido
relacionadas aos elementos nutricionais do solo. A inclusão do gado na áreas de pastagem
nativa reduz a riqueza e altera a composição das espécies de formigas subterrâneas.
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