Expectativa de autoeficácia para seguir prescrição de antirretroviral em adultos vivendo com HIV
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Data
2020-11-12Primeiro coorientador
Langendorf, Tassiane Ferreira
Primeiro membro da banca
Paula, Cristiane Cardoso de
Segundo membro da banca
Maciel, Jackeline da Costa
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A eficácia da terapia antirretroviral altamente potente (TARV) para o tratamento da infecção
pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) já está bem estabelecida na literatura científica,
porém, sua efetividade depende especialmente da adesão dos pacientes à terapia, a qual sofre a
influência de diversos fatores. Desse modo, deve-se considerar a expectativa de autoeficácia
em aderir à TARV. O objetivo deste estudo foi avaliar se a expectativa de autoeficácia está
associada à adesão à TARV. Estudo transversal desenvolvido em um serviço ambulatorial para
assistência a doenças infecciosas vinculado a um hospital universitário localizado no interior
do Rio Grande do Sul, Brasil. A amostra constitui-se de 156 participantes adultos infectados
pelo vírus e que realizavam acompanhamento no serviço há pelo menos três meses. Os dados
foram coletados a partir do questionário de caracterização dos adultos. Para avaliação da
autoeficácia, foi utilizado uma escala de Autoeficácia para Adesão ao Tratamento
Antirretroviral (EEASP) e uma escala de avaliação da adesão ao tratamento antirretroviral em
pessoas com HIV/AIDS (CEAT-VIH). Para a análise dos dados, foi realizada análise de
correlação Spearman da adesão com autoeficácia no SPSS 21.0. Conforme os resultados deste
estudo, com exceção do item 17, os demais itens da situação A apresentaram correlação
significativa com a adesão global. As correlações foram de magnitude fraca e os itens que
tiveram maior correlação foram Se eu estiver ocupado ou me divertindo (E5) e Se eu tiver de
tomar remédios várias vezes por dia (E13). Os itens Se eu estiver bem de saúde (E1), Se o vírus
no meu sangue for tão pouco que não aparece no exame de carga viral (E2) e Se eu estiver me
sentindo doente (E8) da situação B apresentaram correlação significativa com a adesão global,
sendo o item E2 o que apresentou maior correlação, mas com magnitude fraca. Os itens Se eu
estiver aborrecido e me sentindo pra baixo (E3), Se eu for discriminado ou rejeitado (E4), Se
eu estiver com alguém que eu não quero que saiba que sou portador do vírus da AIDS (E9), Se
eu tiver de tomar muitos comprimidos (E10), Se eu estiver nervoso ou irritado (E11) e Se os
remédios estiverem me causando efeito ruim (E21) da situação C apresentaram correlação
significativa, embora com magnitude fraca, com a adesão global. Desses, o item E3 apresentou
maior correlação. Espera-se que os resultados desse estudo contribuam com a prática
assistencial dos enfermeiros, no ensino, pesquisa e extensão, ampliando o olhar crítico e
reflexivo em relação ao tratamento e, principalmente, que seja ferramenta para estimular a
autoeficácia na forma de cuidar de pessoas vivendo com HIV.
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