Propagação de Luehea divaricata Mart. & Zucc. e análise da estrutura genética de fragmentos naturais com marcadores microssatélites
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Data
2020-02-21Primeiro membro da banca
Paim, Aline Ferreira
Segundo membro da banca
Curti, Aline Ritter
Terceiro membro da banca
Manfio, Candida Elisa
Quarto membro da banca
Golle, Diego Pascoal
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Luehea divaricata Mart. & Zucc. é uma espécie florestal nativa da Mata Atlântica, conhecida popularmente como açoita-cavalo e integrante da família Malvaceae. As populações naturais de Luehea divaricata e de tantas outras espécies nativas foram reduzidas drasticamente devido a intensa exploração da Mata Atlântica, dificultando cada vez mais a busca por exemplares adequados ao uso comercial e ecológico. Frente a isso, são encontradas muitas dificuldades para a obtenção de sementes viáveis, com boas características fisiológicas e sanitárias, dificultando a produção de mudas por meio de sementes. Por esse motivo, é de extrema importância avaliar a qualidade de lotes de sementes, e frente às dificuldades na reprodução da espécie via seminal, a micropropagação e a miniestaquia podem constituir alternativas para superar as dificuldades na sua propagação. Frente ao exposto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar metodologias relacionadas à propagação vegetativa de Luehea divaricata, de maneira a subsidiar, simultaneamente, a produção de mudas e a conservação de recursos genéticos dessa espécie florestal nativa brasileira. No que diz respeito à qualidade das sementes, os resultados corroboram seu comportamento fisiológico ortodoxo no armazenamento e indicam que é possível manter sua viabilidade mesmo após longos períodos de conservação em refrigerador, no caso específico, por quatro anos. Em relação à micropropagação,10 ou 20 μM de AIB são eficientes em formar raízes em brotações aos 60 dias de cultivo in vitro. No experimento relacionado ao crescimento mínimo e subsequente retomada do crescimento, 10 g L-1 de sorbitol é eficiente para realizar a conservação in vitro, que pode ser realizada por um período de até 120 dias. Contudo, a subsequente retomada de crescimento das brotações é limitada a um período de 90 dias de conservação na presença de sorbitol. Na miniestaquia, aos 30 dias de cultivo, 1000 mg L-1 de AIB em tratamento “pulse” já produz resultados satisfatórios no que diz respeito à formação e ao número de raízes, propiciando economia de tempo e custos. A produtividade das minicepas é superior no verão, quando as mudas se desenvolvem e enraízam melhor, porém, podem ser efetuadas coletas nas demais estações, indicando que o processo de miniestaquia pode ter continuidade ao longo do ano, nas condições avaliadas. A variabilidade genética é maior dentro (77%) dos três fragmentos naturais, o que é esperado ocorrer em espécies que se reproduzem predominantemente por cruzamentos. Os resultados obtidos são fundamentais para a adequada escolha de estratégias de manejo e conservação genética desses recursos florestais.
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