Aspectos respiratórios e vocais e sintomas osteomusculares em gestantes
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Data
2021-01-15Primeiro coorientador
Frigo, Letícia Fernandez
Primeiro membro da banca
Beber, Bárbara Costa
Segundo membro da banca
Soares, Márcia Keske
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Objetivo:
descrever , comparar e correlacionar aspectos vocais, respiratórios e
sintomas osteomusculares de gestantes adultas no segundo e terceiro trimestres de
idade gestacional . Métodos: Estudo de campo, transversal, observacional,
prospectivo e quantitativo. Após seleção da amostra mediante critérios de inclusão e
de exclusão, foram avaliadas 49 gestantes do segundo e terceiro trimestres
gestacionais, com idades entre 18 e 40 anos, utilizando o Questionário Nórdico de
Sintomas Osteo musculares e o instrumento Qualidade de Vida em Voz; também
foram avaliados força muscular respiratória, Tempo Máximo de Fonação de /a/, nível
de pressão sonora habitual, mínimo e máximo. Os dados foram analisados pelo
ambiente R, utilizando os testes T, Q ui quadrado, Wald, Mann Whitney e Wilcoxon.
Resultados: Qualidade de Vida em Voz: escores médios do escore total e do domínio socioemocional significativamente dentro dos pontos de corte; maior número de gestantes significativamente abaixo do esperado no domínio físico que também foi significativamente mais baixo do que os demais. Questionário Nórdico de
Sintomas Osteomusculares: maioria dos aspectos investigados apresentou resposta negativa significativa, com significância positiva apenas para a presença de dor e formigamento na parte inferior das costas. As gestantes que apresentaram queixas e impedimentos osteomusculares também mostraram diminuição significativa nos três domínios de Qualidade de Vida em Voz, principalmente no domínio físico. Nas
medidas v ocais aerodinâmicas, o Tempo Máximo de Fonação de /a/ e as pressões
inspiratórias e expiratórias máximas ficaram significativamente abaixo do esperado.
Os níveis de pressão sonora habitual, mínimo e máximo ficaram significativamente
acima do esperado. O ní vel de pressão sonora máximo apresentou correlação
positiva fraca com o tempo máximo de fonação de /a/. Houve correlações positivas
moderadas entre: nível de pressão sonora mínimo e máximo com o habitual; nível
de pressão sonora máximo com o mínimo; e pre ssão expiratória máxima com nível
de pressão sonora máximo. A correlação positiva forte ocorreu entre pressão
expiratória máxima e pressão inspiratória máxima. Conclusão: As gestantes apresentaram piora da qualidade de vida em voz relacionada aos aspectos físicos e presença de dor e formigamento na parte inferior das costas. Aquelas que apresentaram queixas e impedimentos osteomusculares também mostraram diminuição da Qualidade de Vida em Voz, principalmente no domínio físico. As gestantes apresentaram tempo máximo de fonação de /a/ e pressões respiratórias diminuídos e níveis de pressão sonora aumentados. Isto sugere que a dinâmica respiratória é afetada pela gestação com reflexo sobre a sustentação da fonação e a força respiratória, gerando um possível abuso vocal com o aumento dos níveis de pressão sonora sem suporte respiratório.
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