Manejos do solo e uso de calcário para cultivo de soja em planossolo
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Data
2019-07-30Primeiro membro da banca
Gubiani, Paulo Ivonir
Segundo membro da banca
Silva, Paulo Regis Ferreira da
Metadata
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No estado do Rio Grande do Sul o monocultivo de arroz irrigado nas áreas de terras baixas,
está sendo prejudicado pelo acréscimo nos custos de produção, principalmente para controlar
plantas daninhas, e pela estagnação da produtividade. A rotação de culturas é uma estratégia a
ser adotada nesse ambiente. A soja é uma cultura que pode ser manejada em rotação com
arroz irrigado. Entretanto, em diversas dessas áreas ocorre drenagem deficiente, baixa
condutividade hidráulica e camada compactada próxima à superfície do solo, fatores esses
considerados limitantes ao desenvolvimento das plantas ditas de sequeiro, com repercussão na
redução de produtividade. Estes estresses podem reduzir significativamente o crescimento e o
desenvolvimento das plantas de soja através da limitação de processos fisiológicos
importantes como, por exemplo, a fotossíntese e a fixação biológica de nitrogênio. Em vista
do exposto, o trabalho teve como objetivo determinar a influência de diferentes manejos de
solo e da calagem nos atributos físicos do solo, nas características agronômicas e fisiológicas e
no rendimento de grãos de soja em terras baixas. O experimento foi conduzido nas safras
agrícolas 2017/18 e 2018/19, na área experimental do Grupo de Pesquisa em Arroz Irrigado
(GPai) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no município de Santa Maria-RS.
Foi utilizado, o delineamento de blocos ao acaso compondo um fatorial 4 × 2, com quatro
repetições. O Fator A foi composto por sistemas de preparo do solo: (A1) semeadura direta;
(A2) grade niveladora a 0,08 m de profundidade (safra 2017/18) e grade aradora a 0,15 m de
profundidade (safra 2018/19); (A3) uma passada de escarificador a 0,30 m de profundidade e
(A4) duas passadas de escarificador de forma cruzada a 0,30 m de profundidade, e o fator D,
com e sem uso de calcário. Com base nos principais resultados obtidos, observa-se que os
benefícios do uso de calcário em área de terras baixas, com presença de camada compactada
em subsuperficie, permanecem restritos até a profundidade de 0-0,10 m, independentemente
do uso de grade niveladora, grade aradora ou escarificação do solo, 120 dias após a aplicação
do corretivo. Os manejos com escarificação do solo aumentaram a macroporosidade, e
reduziram a densidade e a resistência à penetração mecânica do solo na camada de 0-0,30 m
de profundidade. A escarificação simples e escarificação cruzada, juntamente com a grade
aradora, resultaram em maior desenvolvimento do sistema radicular, massa seca de nódulos,
massa seca da parte aérea, estatura de plantas e teor de macronutrientes no tecido foliar e
maior produtividade da cultura da soja em área de terras baixas, devido a menor restrição da
taxa fotossintética.
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