Estudo da influência da compactação no comportamento resiliente e deformação permanente de solo laterítico do Rio Grande do Sul
Resumo
A presente pesquisa tem por objetivo avaliar o comportamento mecânico de uma
jazida de solo que foi empregada na construção de um aterro rodoviário no estado do
Rio Grande do Sul. Foram coletadas amostras dos três horizontes pedológicos da
jazida, além de amostras indeformadas do corpo do aterro e da camada final de
terraplanagem, sendo realizados ensaios de caracterização física, química e
mecânica, com ênfase nos ensaios de módulo de resiliência e deformação
permanente. O comportamento resiliente foi avaliado em onze conjuntos de amostras,
ao passo que quatro conjuntos foram submetidos aos ensaios de deformação
permanente. Complementarmente, foram dimensionadas estruturas de pavimento
considerando as premissas do método DNER (1981), a fim de comparar com
estruturas dimensionadas com a metodologia mecanística-empírica presente no
MeDiNa. A jazida em questão foi classificada como argilosa de comportamento
laterítico. As amostras indeformadas do corpo do aterro apresentaram comportamento
insatisfatório em relação a resiliência, ao passo que a camada final demonstrou
elevado módulo de resiliência. Os modelos que melhor representaram o
comportamento resiliente dos solos foram o composto e o universal, tendo em vista
que ambos consideram à ação das tensões confinante e desvio. Em relação aos
horizontes, à medida em que aumentou a energia de compactação, o módulo de
resiliência se elevou. Quanto maior a energia de compactação, maior a atuação da
tensão confinante no material, ao passo que para a energia de compactação normal,
a tensão desvio conduziu o comportamento das amostras. No que tange à deformação
permanente, tanto o horizonte B compactado nas três energias, quanto as
indeformadas da camada final, apresentaram comportamento satisfatório,
enquadrando-se no tipo I ou tipo II, que englobam materiais com tendência ao
acomodamento da deformação permanente. Ainda, obteve-se uma boa correlação ao
verificar os parâmetros de Guimarães (2009) para os quatro conjuntos submetidos à
deformação permanente. Por fim, a estrutura de pavimento dimensionada de acordo
com o DNER (1981), sofreria ruptura por fadiga antes de finalizar o tempo de projeto,
em contrapartida, as estruturas dimensionadas pelo MeDiNa, atenderam os critérios
de deformação permanente e fadiga, corroborando o bom comportamento destes
solos ao serem aplicados no subleito e/ou base.
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