Estudo de deformabilidade e empacotamento de britas com diferentes origens litológicas do estado do Rio Grande do Sul
Resumo
A pesquisa buscou avaliar o comportamento frente à resiliência e a deformação permanente
de britas graduadas simples (BGS) utilizadas como base de pavimentos de diferentes
agregados do Rio Grande do Sul. As litologias estudadas foram o basalto (São Juvenal),
riodacito (Della Pasqua) e sienogranito (SBS Engenharia). Foram analisadas BGS coletadas
de obras rodoviárias (curvas CA, 509 e KM3) e BGS ajustadas a uma curva granulométrica
única (SJ Ajuste, DPA Ajuste e SBS Ajuste). Os ensaios preliminares realizados foram análise
granulométrica, curva de absorção e curva de compactação das amostras. Para as curvas de
obra, foram realizados os ensaios de MR, enquanto para as curvas ajustadas foram realizados
ensaios de MR, DP, tomografia computadorizada e análise mecanicista por meio do MeDiNa.
A energia de compactação imposta foi a modificada e o equipamento empregado nos ensaios
de MR e DP foi o triaxial de cargas repetidas. Os ensaios de módulo de resiliência realizados
acompanharam a tendência da curva de compactação, de forma que as maiores massas
específicas aparente secas atingidas retornaram maiores módulos de resiliência. Essa
tendência foi acompanhada pelo ensaio de tomografia computadorizada, que mostrou
menores volumes de vazios para os maiores módulos para as curvas ajustadas. Para os
ensaios de deformação permanente, os resultados estiveram mais relacionados com as
propriedades mecânicas da rocha, pois o sienogranito que, entre as rochas analisadas é o
mais propenso à abrasão e ao esmagamento, teve o desempenho menos desejável. Para a
análise do shakedown, foram utilizadas as metodologias gráfica de Dawson e Wellner (1999),
Werkmeister (2003), Gu et al (2017) e Alnedawi et al (2019). Os ensaios de DP cuja relação
𝜎𝑑
⁄𝜎3 foi igual a 1, apresentaram ou, com mais solicitações apresentariam, acomodamento,
enquanto o restante dos ensaios teve comportamento B ou C. Um importante indicador de
shakedown foram os ensaios de MR, realizados após o ensaio de DP, nos quais o
comportamento resiliente do material auxilia a determinar se a amostra está em
acomodamento, em relação ao ensaio tradicional de MR. Para finalizar, a análise mecanicista
demonstrou a empregabilidade dos materiais, o afundamento (mm) e a área trincada (%) da
estrutura típica proposta e como viabilizar o projeto para os materiais estudados.
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