Comunicação do diagnóstico de infecção pelo HIV em pediatria: revisão de escopo
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Data
2020-10-02Primeiro coorientador
Padoin, Stela Maris de Mello
Primeiro membro da banca
Gomes, Antonio Marcos Tosoli
Segundo membro da banca
Soares, Cássia Baldini
Terceiro membro da banca
Fontes, Cassiana Mendes Bertoncello
Quarto membro da banca
Lomba, Maria de Lurdes Lopes de Freitas
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Introdução: No campo da pediatria o diagnóstico de infecção pelo HIV na infância é compreendido como uma comunicação difícil, por se tratar de uma condição sorológica permanente e imersa em um contexto estigmatizante. Isso indica que familiares e profissionais utilizem diferentes estratégias para tal comunicação, visando minimizar falhas e associações negativas a situação. Porém, há lacuna quanto aos elementos que compõe o processo comunicativo deste diagnóstico. Objetivo: mapear como acontece a comunicação do diagnóstico de infecção pelo HIV em pediatria. Método: revisão de escopo conforme as orientações do Joanna Briggs Institute. Os critérios de inclusão foram artigos originais que tiveram como participantes, criança, familiar e/ou profissional de saúde, que o tema fosse a comunicação do diagnóstico de infecção pelo HIV; recorte temporal de 2011 e os idiomas português, inglês ou espanhol. Considerando que a comunicação pode se estender à adolescência e, por vezes, as investigações incluem ambos participantes, houve a necessidade, no decorrer do estudo, de inclusão de adolescentes infectados pelo HIV na infância. Foram acessadas, em janeiro de 2020, as fontes: PubMed, CINAHL, Scopus, WoS, ASSIA, PsycINFO, ERIC, Sociological Abstracts, Edubase e LILACS, BDENF e IndexPsi via BVS. Bem como, a lista de referência dos estudos incluídos. Resultados: foram incluídos 64 artigos e os resultados organizados a partir dos elementos do processo comunicativo como o emissor, receptor, mensagem, contexto, canal e efeito. Os emissores foram os profissionais da saúde e familiares e os receptores foram familiares, crianças e adolescentes. A mensagem foi o diagnóstico de infecção pelo HIV para a criança e, por vezes, acontecendo na adolescência. O principal contexto que os familiares e profissionais analisaram para comunicar se refere ao preparo das crianças ou adolescentes. Como canal da comunicação os profissionais e familiares utilizaram materiais físicos e outras estratégias e avaliaram a quantidade de informações e a qualidade do conteúdo. Na grande maioria, os efeitos foram benéficos para os envolvidos, sendo que os efeitos negativos aconteceram quando houve atraso na comunicação e ela aconteceu na adolescência. Os ruídos aconteceram, especialmente quando os familiares foram os emissores e os profissionais reconheceram que cometeram falhas devido a falta de preparo para a situação. Considerações finais: é importante que os serviços estabeleçam condições de ser ter um contexto apropriado para a comunicação de más noticias em pediatria. E, também, para que os profissionais de saúde desenvolvam habilidades para apoiarem os familiares como emissores desta mensagem. Destaca-se que é positivo o uso de estratégias de comunicação adequadas para a faixa etária, o acompanhamento dos efeitos dessa comunicação por equipe multiprofissional, sendo a comunicação processual, precoce e oportuna, evitando ruídos e falhas, pois podem gerar efeitos negativos. Novos estudos são necessários especialmente para avaliar as falhas de comunicação do diagnóstico de infecção pelo HIV na experiência das crianças.
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