Influência da aplicação tópica de hidrogeis contendo nanocápsulas de indol-3-carbinol na fase aguda da cicatrização de feridas cutâneas de ratos
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Data
2021-02-23Primeiro coorientador
Brum, Maurício Veloso
Primeiro membro da banca
Benvegnú, Dalila Moter
Segundo membro da banca
Corrêa, Luís Felipe Dutra
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Mostrar registro completoResumo
A incidência de ferimentos cutâneos é alta e a cicatrização da área lesionada é essencial, uma vez que o tecido tegumentar constitui uma barreira corporal física contra os agentes lesivos. A integridade da pele, favorece a manutenção da homeostasia corpórea pois este tecido possui mecanismos de defesas antioxidantes para reduzir os efeitos nocivos gerados pelos radicais livres. Os tratamentos tópicos contendo agentes cicatrizantes se destacam por ser de fácil adesão, aplicação e diminuído risco de toxicidade, além de apresentar vantagens no processo de cicatrização. Para obtenção de cicatrização ideal, novas apresentações medicamentosas que melhorassem a qualidade e que não causem danos oxidativos ao tecido de granulação são atuais objetos de estudo. Os hidrogéis entre as formas farmacêuticas, destacam-se por sua habilidade de favorecer a cicatrização, além do amplo espectro de indicação. Agindo como carreadores de substâncias ativas, as nanocápsulas promovem a estabilidade, a liberação sustentada e a modulação da permeação cutânea do princípio ativo. Sendo assim, a associação de hidrogéis a ativos nanoencapsulados de maneira tópica mostra-se benéfica, pelo menor risco de citotoxicidade e por apresentar menores concentrações do fármaco. O indol-3-carbinol (I3C) é obtido através da hidrólise da glicobrassicina e possui atividade antitumoral, antioxidante, anti-inflamatória e antinociceptiva já validadas cientificamente, entretanto a verificação de sua atividade cicatrizante, sobretudo em estruturas nanoencapsuladas, não foi elucidada até o presente momento. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi estudar o efeito da aplicação tópica de formulações de hidrogéis contendo I3C livre e nanoencapsulado na cicatrização de feridas cutâneas de ratos. Foram utilizados 37 ratos Wistar adultos machos, distribuídos em cinco grupos experimentais (n=7-8): I) Controle; II) Alantoína 1%, III) I3C livre; IV) Nano-branca (NB) e V) Nanocápsula de I3C (N-I3C). Após o período de aclimatação, foi realizada excisão cutânea de área total de 2 cm², na pele da região dorsal, entre as escápulas. Posteriormente, os diferentes tratamentos tópicos foram aplicados na área excisada durante cinco dias experimentais. Nos dias 1(basal), 3 e 6 a área da ferida foi mensurada para avaliação da regressão (em % do basal). No sexto dia experimental os animais foram eutanasiados para análises do perfil oxidativo. Foi observado aumento do tamanho da ferida no 3º dia experimental, sendo menor nos grupos tratados, em relação ao controle. Ao 6º dia, a regressão foi menor no grupo I3C livre. O grupo que recebeu N-I3C apresentou menores níveis de peroxidação lipídica, carbonilação de proteínas e espécies reativas em relação ao controle e reduzida atividade da catalase e níveis de glutationa reduzida. Conclui-se que feridas tratadas com I3C nanoencapsulado apresentam menores danos oxidativos na fase inflamatória e proliferativa.
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