Mortalidade por câncer de próstata e mama no Brasil: uma análise sob a ótica da econometria espacial
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Data
2021-02-18Primeiro membro da banca
Coronel, Daniel Arruda
Segundo membro da banca
Werner, Liane
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Mostrar registro completoResumo
O câncer tornou-se um problema de saúde pública no Brasil, o que se evidencia pelo aumento de suas taxas de incidência e mortalidade por institutos de pesquisa especializados no assunto como o Instituto Nacional de Câncer e Agência Internacional de Pesquisa em Câncer. No Brasil, o câncer de Próstata (CaP) e Câncer de Mama (CaM) são atualmente os tipos de cânceres mais frequentes em homens e mulheres, respectivamente. Por isso, com o objetivo de determinar a distribuição espacial da mortalidade por CaP e CaM nas microrregiões brasileiras e verificar o seu inter-relacionamento com fatores sociodemográficos, econômicos, ambientais e de infraestrutura, fez-se uso das técnicas da Econometria Espacial: Análise Exploratória de Dados Espaciais – AEDE e Modelagem da dependência espacial. Foram escolhidas variáveis para representar os fatores, de acordo com literatura relevante e disponibilidade de dados, sendo estas: unidades de referência oncológica, número de médicos especialistas em oncologia, taxa de envelhecimento, taxa de urbanização, quantidade média de pesticidas, Produto Interno Bruto e número de mamógrafos. A base de dados utilizada é proveniente do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil – DATASUS e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Os resultados indicaram autocorrelação espacial positiva para a taxa de mortalidade por câncer de próstata (I = 0,4537; p ≤ 0,001) e câncer de mama (I = 0,4842; p ≤ 0,001). A taxa de mortalidade por câncer de próstata apresentou correlação positiva com a taxa de envelhecimento e taxa de urbanização. A taxa de mortalidade por câncer de mama mostrou-se positivamente correlacionada com número de médicos especialistas, unidades de referência, taxa de urbanização e taxa de envelhecimento, mas negativamente correlacionada com número de mamógrafos. Houve indicativo de que a maior expectativa de vida e o estilo de vida, decorrente da urbanização possuem influência no aumento da mortalidade por câncer de próstata e mama no Brasil. Diante do exposto, considera-se que os objetivos gerais e específicos da pesquisa foram atingidos e a análise espacial da mortalidade por câncer possibilitou encontrar correlações estatísticas que merecem investigação epidemiológica para subsidiar ações no combate da mortalidade por câncer de próstata e mama em mulheres no Brasil.
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